terça-feira, 10 de julho de 2012

RISO AMARELO

Sinto a vida efêmera e leve
Mas a dor a nutre, dissolvendo-se por dentro
Quem será quem dentro de mim agora?

O medo robustece-me a fraca vida
Estou tenso e morrerei quando estourar
O mal não mata-me, rói-me as entranhas devagar

Não posso acabar agora, totalmente
Alimentam-se de mim, mas gota a gota

Esboço um riso amarelo
Tenho os lábios frios e duros
Quando eu acabar, só os vermes padecerão comigo

Elói Alves

2 comentários:

  1. Amigo, estes versos fez reportar-me à dor recentemente presenciada que culminou na partida de figura muito amada! Nada mas pude ver além da narrativa do fato!

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  2. Sempre difícil...Ira! Grato pela leitura e por seu comentário, amiga!

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