Ao autorizar extradição do brasileiro Henrique Pezzolato, que fugiu para Itália durante o julgamento
da Ação Penal 170, conhecida como Mensalão, na qual acabou sendo condenado pelo
STF – Supremo Tribunal federal – o Governo italiano deu uma grande lição de
legalidade e apreço à justiça ao governo brasileiro comandado pelo PT.
Apesar de as
relações diplomáticas entre os dois países estarem abaladas, justamente por um
caso em que o Brasil, através de atitude pessoal do então presidente Lula,
resolveu dar guarida a um italiano, Cezare Battiste, condenado por assassinatos
e terrorismo pela justiça de seu país, a Itália não agiu de modo ideológico ou político
nem usou de reciprocidade, evitando cometer o erro de Lula, mas resolveu
colaborar prontamente para que as decisões judiciais, sobretudo num caso de corrupção,
fossem cumpridas nos termos em que a lei determina.
A justiça italiana garantiu a
Pezzolato todo o direito de defesa e até exigiu do Brasil garantias para que o
condenado não fosse preso em local sem condições adequadas para o cumprimento
da pena, mas negou-lhe a permanência em seu território, mesmo tendo cidadania
italiana, por ser netos de cidadãos daquele país. A Itália, que é signatária de
tratados internacionais que buscam evitar que condenados por corrupção se
refugiem em outros países, não hesitou em colaborar com a justiça brasileira, caso
que, infelizmente, os políticos do governo brasileiro não têm feito ao dar
proteção a criminosos comuns, que eles cobrem com o mentiroso nome de
refugiados políticos.
Do mesmo modo, o governo
brasileiro atual tem protegido outros governos que não respeitam os direitos
políticos, civis e democráticos, como na Venezuela, no conflito dos separatistas
pró Rússia na Ucrânia e mesmo se recusa a condenar as ações de terroristas como
do Estado Islâmico.
Elói Alves