O horário eleitoral que pagamos é mesmo um desserviço à reflexão na sociedade. Além da lição de deseducação mútua, indigna de uma plateia razoável, aparece nele Chico Buarque dizendo que votou numa pessoa porque um terceiro, seu padrinho político, mandou.
Em
que ponto antiquado e incômodo ainda estamos. Um país
imenso, na diversidade de seu potencial, mas incapaz de enfrentar
racionalmente os seus problemas, mesmo entre aqueles de quem se
espera que ajude a raciocinar, cujo pensar deve se por acima das
intrigas medianas e midiáticas.
É
lugar comum dizer que o Brasil é o “país do futuro”.
Será que, para esse tempo vindouro, podemos esperar que a
sociedade discuta séria e racionalmente os seus destinos ou
agirá, como agora, sempre como as desorganizadas torcidas
chamadas organizadas?
Ou
será que, para essa nossa sociedade, o parâmetro de
organizado continuará sendo esses grupos bestiais de
criminosos hediondos para quem esse triste Estado em todo seu
território sempre perde e com os quais, para infelicidade de
todo o país, seus políticos constantemente se igualam quando se associam a eles?
Perguntero
Perguntero