sexta-feira, 2 de maio de 2014

SOBRE A ÉTICA E MORAL NO BRASIL

     Atualmente vivemos, certamnete, uma crise de exemplos ruins ou, talvez, isso tenha tido apenas maior destaque, sobretudo com o poder de controle da informação muito afetado pela disseminação dos meios de comunicação entre pessoas não submetidas a corporações, vínculos emprecatícios ou ligadas a organizações político-partidárias, que hoje compartilham informações e fazem suas críticas e questionamentos pela internet.
      Sem dúvida temos um problema que os bons exemplos nos faltam, no pais em que a corrupção é tida por muitos como cultural. No entando não se trata de modelos a serem seguidos, de ídolos ou líderes. Os servidores, sem distinção, não têm o dever de ser "modelo"; têm pela natureza do ofício", o dever de serem corretos e agirem estrita e restritamente como diz a lei, como lhes impõe o Direito Público - nem um passo a mais, nem um a menos. O cidadão, por sua vez, não tem desculpa por agir de modo que descumpra com suas obrigações; embora as boas ações podem servir de modelo, sua ausência não desobriga a ninguém de agir de maneira legal, de cumprir com suas obrigações cívicas e civis.
       O problema é que no país as Instituições estão à beira da desestruturação total; a corrupção institucional faz com que os Poderes da República não funcionem, incluída aí a Justiça, que estejam comprometidos, viciados e incapazes de fazer o país andar de acordo com seus princípios Constitucionais, de fazê-los valer, de cumprir o seu dever. Assim a coisa descaminha para a casa de ninguém e, na contra mão de tudo que seja razoável - para não pouca gente - até os bandidos viram heróis.
Elói Alves

quarta-feira, 30 de abril de 2014

O SALVADOR DO GOVERNO DO PT

      Um movimento que era até agora de bastidores, andando com sapatinho de algodão nos corredores políticos frequentados de modo privado pelos parlamentares e “companheiros" governistas quebrou o segredo e a moderação, já não mais pedindo, mas vociferando, “Volta, Lula!".  Esse movimento era até agora sufocado, mas já não mais pode ser ignorado pelos meios políticos.
      O que abasteceu esse movimento, desde seu início silencioso, foi o descontentamento entre os próprios aliados da base governo com a perda de espaço para o PT durante o governo de Dilma. Depois, com os problemas econômicos, as manifestações sociais, a incapacidade de cumprimento com as demandas e promessas para a realização das obras da Copa, além do ônus do super faturamento, e, por último, o descontrole da inflação que espanta os setores econômicos juntamente com as intermináveis denúncias de corrupção na Petrobras - com a ingênua declaração de Dilma assumindo sua participação no embrulho da compra da Refinaria de Pasadena -, setores do próprio partido da presidente passaram a se posicionar pelo “Volta, Lula!”.
      Importante pensar no que move os integrantes desse movimento. Não é o anseio de um “salvador da pátria”, nem mesmo da “pátria de chuteira”, certamente. O que os impele é o apego ao poder, a necessidade de manter os cargos no governo, a participação nas empresas estatais etc. Se perdem o governo, perdem seus postos, seca-se a fonte. Portanto, trata-se de procurar um salvador para o governo do PT.
      Mas o grande dilema é que o “Volta, Lula” é também um grito pela saída de Dilma, isto é, a entrega do certificado de incompetência da indicada de Lula, que seria, de forma atestada, o poste colocado por ele. Desse modo, a candidatura de lula torna-se, para ele, mais inviável à medida que as coisas piorem para o Governo Dilma, pois mais explicações ele terá que dá durante a campanha, sem contar os desgates internos com o "Fora, Dilma".
      A pergunta mais dura que Lula terá que se fazer não é se lhe convém e se poderá ser o “salvador do PT”, mas “se o PT tem salvação”, pois os pecados são verdadeiramente escandalosos, no teor e na quantidade. Na verdade, suas iniquidades são incorrigíveis, elas  o corroem por dentro. Seus rumos tomados, os deleites com os bens públicos, as parcerias sob suspeição, a maneira de tratar a coisa pública, a opção por uma administração distante da sociedade, a proteção a condenados por corrupção e a tentativa de diminuição do poder  da justiça frente ao poder político-partidário mostram que, mesmo se vierem a ganhar mais um mandato no poder central, eles estão no caminho de uma perdição que consome toda a dignidade que requer o poder público e a perda deles mesmos no lodo e na indecência dos meandros políticos que permeiam a história..
Elói Alves

Conheça os livros do autor:
http://realcomarte.blogspot.com.br/p/as-pilulas-do-santo-cristo-adquiri.html

Leia também: Os ladrões padrão FIFA
http://realcomarte.blogspot.com.br/2014/04/os-ladroes-padrao-fifa-perguntero.html

 

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