Poros adentro, formigando sutilmente
Potência se fazendo pela ausência
De tudo, de nada, de mim mesmo
Ando vagueando como ébrio, vagaroso
Perdido, disforme, no contra-fluxo
Sem arranjo possível, desfazendo-me
Trago desejos, no entanto
De fazer que venha e que se vá
De romper a dor e fazer redemoinhos
Tocando o espaço simplesmente
Abrandar o mar e mandá-lo agitar-se
Não vi o ontem, e já é cedo
Mas nem tanto, que o sol se faz
Tão forte sobre minha inconsciência
O vai e vem, o enigma do monstro
As ondas frenéticas do aço vital
Irretilíneas sobre corpos que se perdem
Crianças e criadas se diluem
O espaço incontrolável de apenas planos
A metamorfose se inicia e se perde
Sem saber qual o seu fim
Vencer o mundo ou por ele ser vencido...
Elói Alves
Do livro Sob um céu cinzento
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