quarta-feira, 26 de junho de 2013

ASSINEI E RECOMENDO A INICIATIVA POPULAR PARA REFORMA POLÍTICA

http://www.reformapolitica.org.br/

Vamos coletar 1.500.000 assinaturas para, a exemplo do ficha limpa, apresentar ao Congresso.
Participe, divulgue e apoie
Nós abaixo assinados apoiamos a proposta de Iniciativa Popular para a Reforma do Sistema Político:

  • Defendemos o fim dos privilégios dos parlamentares, como por exemplo, férias de 60 dias, 14º e 15º salários, do foro privilegiado e da imunidade parlamentar para que estes não sejam usados como instrumentos para a impunidade.
  • Defendemos mudança na definição de decoro parlamentar que passa a ser todo fato de não conhecimento publico ao longo da vida do parlamentar.
  • Participação da sociedade no conselho de ética que julga o parlamentar.
  • Apoiamos uma nova regulamentação do art. 14º da Constituição Federal que trata do plebiscito, referendo e iniciativa popular.
  • Defendemos que determinados temas só podem ser decididos pelo povo, através do plebiscito e referendo, exemplo: aumento dos salários dos parlamentares, grandes obras, privatizações, etc.
  • Queremos a diminuição das exigências para a iniciativa popular, menos assinaturas e um rito próprio no Congresso Nacional.
  • Defendemos reformas no sistema eleitoral que possibilitem aos segmentos subrepresentados nos espaços de poder (mulheres, população negra e indígena, em situação de pobreza, do campo e da periferia urbana, da juventude e da população homoafetiva, etc) a disputa em pé de igualdade com os demais
  • Para isso, defendemos a votação em lista pré-ordenada, escolhida de forma democrática em previas, com alternância de sexo e critérios de inclusão destes segmentos e financiamento público exclusivo com punições severas para os partidos, candidatos e empresas que desrespeitarem.
  • Defendemos a democratização e transparência dos partidos
  • http://www.reformapolitica.org.br/

segunda-feira, 24 de junho de 2013

A REAÇÃO CONSERVADORA CONTRA O GRITO DAS RUAS

         Passado o impacto inicial das manifestações e protestos que se espalharam pelo país, partido da rejeição popular ao aumento dos preços do transporte público para a cobrança de mudanças na política brasileira, que se fortaleceu sobretudo a partir da repressão estatal ao Movimento Passe Livre em São Paulo, o discurso conservador e reacionário se articula contra os gritos das ruas. Essa articulação tem se evidenciado em mensagens transmitidas pelas redes sociais e pelo modo como importante parte da imprensa brasileira cobre as manifestações e, importantíssimo, como vários analistas e comentaristas comprometidos com o sistema em funcionamento têm se posicionado sobre os movimentos nas ruas.
            A primeira medida dos conservadores contra os protestos ecoou ainda nos primeiros momentos dos gritos contra o reajuste do preço do transporte em São Paulo, quando o governador do Estado tentou criminalizar os manifestantes, chamando-os todos de vândalos. Tentativa parecida usou o Governo Federal na fala da presidente, para qual tratava-se apenas de "uma manifestação comum a jovens”, portanto sem relevância social e, ainda nesse plano, a oferta do ministro da justiça, logo de início, que consistia no fornecimento de mais força militar com a guarda nacional para reprimir a manifestação popular.
          A estratégia seguinte, com inoperância da repressão policial e com o crescimento da população nas ruas, efetivou-se com a “racionalização” das críticas ao movimento de ruas, caracterizando-o como fascista e antidemocrático, pois o grito expandiu-se numa rejeição aos partidos políticos que constituem o governo. Na verdade, nada havia ou há de antidemocrático no movimento e sim uma forte crítica aos sistema político atual no país, abertamente corrompido e corruptor e que, amarrada a sociedade, tenta agora amarrar as mãos de outras instituições, como o Ministério Público, através por exemplo do Projeto de Emenda Constitucional número 37, a PEC 37 (Aprovada em comissões por políticos como Paulo Maluf e João Paulo Cunha do PT, condenado pelo STF , e a PEC 33 cujo objetivo e limitar o Superior Tribunal Federal- STF, responsável pela condenação de políticos corruptos que ainda mantêm mandatos no Congresso. 
        Quanto ao papel de parte relevante da imprensa, que consiste no interesse em manter o atual estado de coisas no país dá-se pelo modo como cobrem as manifestações, minimizando as proporções das manifestações pacíficas e destacando seu tempo à atuação de criminosos que cometem crimes, que são obviamente em números muitíssimos inferiores e que atuam por falta de adequada estratégia do policiamento, existindo mesmo sem que haja manifestações na s ruas. Por sua vez, os analistas políticos que atuam contra o movimento o fazem de um modo sutil, atribuindo-lhe um vazio de propostas, um caráter juvenil ou destacando posturas de pessoas apartidárias como se fossem antidemocrático, o que é uma tentativa articulada para destruir a força do movimento.
           Toda essa reação dos opositores das manifestações são fruto do medo de mudança, de perderem o que estão levando do atual sistema. As mudanças sempre são preocupantes para quem está por cima. A imprensa acomoda-se com o governo, por mais injusto que seja para a maioria da sociedade, pois lucra com ele de vários modos, como pelos investimentos e anúncios estatais nessas empresas; os analistas têm suas vantagens, como bolsas para pesquisas, cargos  e outras vantagens e os partidários do governo ligam-se a ele pelo menos passionalmente.
           Enfim, os reacionários rapidamente colocaram suas armas para funcionar, mas não foram capazes de calar esse grito autêntico das ruas, porque é tão legítimo, tão vivo, soante nos ouvidos de todo o mundo, e sua energia o precede, pois foi acumulada desde tempos, de anos nos quais o Estado insensível lhes deu as costas e a política corrupta lhe encheu de males. Mas a consciência também lhe soa claro: é preciso manter-se firme e atuante.
    Elói Alves

    O PRONUNCIAMENTO DE DILMA E A DECÊNCIA QUE AS RUAS PEDEM

    Leia o prefácio do romance "As pílulas do Santo Cristo" de Elói Alves

    Primeito capítulo:

    Segundo Capítulo:

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