Fiquei realmente tocado pela ultra sensibilidade que a mandatária do Planalto demonstra agora com a situação dos políticos condenados e presos por corrupção e que ela mesma chamou em entrevista sua a rádios de "questão humanitária", referindo-se ao ex-presidente de seu partido, o político Genuíno.
Interessante, não há mais que quatro ou cindo dias que seus amigos e colegas de partido e de governo estão presos e já há toda disposição para se lhes amenizar as consequências da condenação. Pergunto; e quanto ao povo roubado nos seus impostos pagos com trabalhos árduos em condições às vezes sub-humanas, em condições, como de muitos, em escolas, fábricas, hospitais sem as mínimas condições de se trabalhar com dignidade e com impostos - destinados à roubalheira - taxados na fonte, descontos e mais descontos, não será também o sofrimento dos trabalhadores honestos uma "questão humanitária"? Será também que os condenados por corrupção estão a sofrer mais que as outras centenas de milhares de presos pelo país? Será que a rápida sensação de sofrimento agudo tem a ver com a diferença de vida que levavam antes, agarrados a mamatas no governo?
Acho interessante esse apego da alma de Dilma à alma dos corruptos e lamento apenas que não se compadeça tanto assim com os milhões de doentes que não dispõem de um hospital de ponta pago por trabalhadores como os petistas Lula e Genuínos e outros tiveram e têm.
Agora, e quanto aos outros bandidos, ladrões e presos comuns, ela também terá esse sentimento "humanitário" ou seria só aos seus "companheiros de luta"? Pois é, vejam que a luta sempre continua ainda que tenham posto o bordão de lado.
Perguntero
Contos humanos, novo livro de Elói Alves
lançamento no próximo dia 27, quarta feira, na Praça Roosevelt, 118, São Paulo das 19,00 às 22,00 h.
Convite:
Prefácio de Contos humanos: