Houve
sonhos
Sonhara
que tudo era azul
Mas
nada além disso
Em
seu mundo os sonhos se dissipavam
Na
outra noite era outro sonho
Que
também se perdia antes do dia
O
sol deve espalhar os sonhos noturnos
Devia
haver algo mais
Além
dos sonhos azuis
Algo
da esfera dos signos, corpóreo
As
lembranças não alcançam o horizonte
Perdem-se
no vazio da noite que passa
As
imagens transfiguraram-se
Embranquecem
como a própria noite no espaço
A
magia sublime se faz, invisível
O
nada se põe para sempre
Fragmentos
do ser se diluem e revoam na névoa
A
claridade sublime desperta o pó
Elói Alves
Sob um céu cinzento, novo livro do autor será lançado neste ano
Primeiro capítulo do romance As pílulas do santo Cristo: