sábado, 23 de julho de 2011

MÉXICO E ESTADOS UNIDOS: CONSUMO DE DROGAS E TRÁFICO DE ARMAS - Entrevista com a chanceler mexicana



(Em primeiro plano, a chanceler mexicana fala a RT, ao fundo, é recebida pelo anfitrião, chanceler Sergey Lavrov)
A ministra das Relações Exteriores do México, Patrícia Espinosa, em entrevista ao canal russo RT (Russia Today em inglês) em espanhol, rt.actualidad.com, em sua passagem pela Rússia, fala sobre agrave situação pela qual passa seu país: as guerrilhas entre quarteis de drogas que têm levado a muitas mortes. Segundo Espinosa, um parte considerável do problema são os Estados Unidos, o maior consumidor de drogas no mundo, seguidos pela Europa. Além disso, os EUA são o maior fornecedor de armas que entram no México. Os quarteis têm, devido a essas armas, poder de enfrentamento contra o Estado e têm levado a mortes militares e civis em quantidade assustadora. Como se percebe, os países mais ricos e mais desenvolvidos são parte importante na criação dos problemas relacionados às drogas nos países mais pobres, mas geralmente isso não é levado em conta para um combate eficiente e efetivo do problema. Aliás, a chanceler mexicana reconhece na entrevista que os problemas, inclusive o consumo de drogas nos Estados Unidos, têm aumentado. A fala da ministra, que inclui aspectos bilaterais México/Rússia pode ser vista na íntegra em espanhol, procurando pelo programa “ a solas” da emissora.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

TIO GERBÚLIO E O ROUBO DO ERUDITO

Padre Gelfrido ia dar palestra na Universidade Católica e levou tio Gerbúlio como motorista. Chegando lá, nosso tio se convenceu de que já bastava ter ouvido o padre na viagem e preferiu o passeio dos corredores. Depois de meia hora por ali, já estava íntimo dos funcionários. Conversava com a bibliotecária, que fumava no jardim, quando surgiu um senhor de repente. Era um professor, erudito, gramático e filólogo das antigas. Parou no corredor principal da faculdade e escorou-se numa pilastra de feitio barroco, da época colonial. Vinha esbaforido, com a língua de fora. Enxugava o suor no lenço quando uma funcionária do departamento de letras modernas lhe interrompeu.
-Tudo bem, professor, posso ajudá-lo de algum modo?
-Agora não, minha filha. Mas um pouco mais cedo seria preciso. Acreditas que dois ladrões , com tamanha agressão, roubaram-me a pouco, no portão da universidade?
-Nossa, professor! Mas ninguém viu, o senhor não pediu ajuda?
-Gritei, gritei muito: “Meliantes! Larápios! Ratoneiros! Gatunos! Prendam-nos! Peguem-nos!” Mas ninguém me ajudou.
Jão Gerbulius Sobrinho

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