segunda-feira, 22 de julho de 2019

O Legado poético, de Deobaldo Barbosa Silva


O Legado poético, livro de Deobaldo Barbosa da Silva, leva ao leitor uma reflexão muito oportuna sobre a sociedade contemporânea e os dilemas em que estamos imerso. Tecnologia e cotidiano, a relação do trabalho, capitalismo e socialismo; a violência, a questão da arma de fogo e da indústria armamentista.
 A arte de Deobaldo se faz numa poesia leve e rítmica; lembra a poesia nordestina em várias passagens, comunicando-se com a poesia popular dos cordelistas. A vida pulsa, o desejo do bem comum, a fé, muito viva no artista teólogo, são elementos dessa poesia que contagia.
Deobaldo é um comunicador, não só com os versos; leva pelos saraus a fé no bem, nas boas ações, na comunhão e na amizade e em “vencer a solidão/Firmar o pensamento/Receber e dar perdão”, p. 34.
Deobaldo é um dos autores convidados para participar do segundo volume de Contos Paulistanos, projeto do Instituto Letrófilo em homenagem da Cidade de São Paulo, para o qual colaboram diversos importantes autores.
          Elói Alves


Avran Ascot, Elói Alves e o autor Deobaldo [de verde]
 - encontro literário em São Bernardo do Campo - SP

domingo, 21 de julho de 2019

Prefácio para o livro CORCEL DE NUVENS, de Vanda Félix


Vanda e Carlos Torres, editor

A beleza deste livro faz-se da magia que leva as coisas palpáveis e resistentes ao mundo celeste, a lugares etéreos, cujos sonhos se fazem nas nuvens da esperança. O jogo do tempo e da distância que inquieta os seres humanos desde tempos distantes faz com que tomem consciência de sua condição e limites, finitude e dores; jogo que se constrói, no entanto, num outro mundo: o da mágica poesia de Vanda.
Nela o instante que foge e a brevidade das sensações se transformam, “longamente”, “numa “eternidade de dez segundos”. Sua poesia transpira sensações, leva o leitor a acordar seus sentidos, já adormecidos pelo rápido entardecer, neste tempo que voa. “Sinceridade”, “sorriso largo, doce..., fez(-se) a esperança”. Essa voz esperançosa, o eu-lírico, entrega-se à necessidade de “ser abraçada”, e realiza-o: “abracei longamente”.
Este breve livro, profundo, contudo, lembrou-me o fundamental “Livro dos Abraços”, do sempre saudoso e sempre vivo Eduardo Galeano. Ambos revelam uma necessidade urgente: o abraço sincero entre os humanos, a compreensão, a completude.

Elói Alves, escritor ligado à Editora Essencial, publicou, entre outros, o romance “As pílulas do Santo Cristo”, “O olhar de lanceta” e Histórias do tio pílulas do Santo Cristo, Presta Consultoria Linguística para empresas e escritórios jurídicos. Site: www.escritoreloialves.com.br  

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