Mais um arrastão em São Paulo! Mas, neste, aos chegarem os repórteres, as vítimas apresentavam-se tranquilas, satisfeitas e, talvez, felizes. E – Pasme! Ou, tranquilize-se! - declarou, da seguinte forma, o proprietário do restaurante cujos clientes foram roubados:
“Eles
foram muito educados e agiram calmamente. Pediram às pessoas que
colocassem os objetos sobre as mesas e, cinco minutos depois, saíram
sem nenhuma agressividade”.
Passado
um tempo, os bandidos foram presos, ainda nas proximidades. A
eficiência, todavia, não se atribui à polícia,
mas à ação de uma das vítimas,
que rastreou, de um computador do próprio estabelecimento, o
celular levado pelos bandidos, que, localizados por esse meio, foram,
aí sim, presos pelos policiais.
Um
deles havia completado dezoito anos horas antes do crime e pôde,
assim, ser efetivamente preso. Mas não é seu azar que
faz destoar o caso. O mais notável no delito é a
surpresa das vítimas com a ausência de violência e
a acentuada tranquilidade no ato criminoso, bombardeados
que são continuamente por notícias de latrocínios, assaltos
violentos e assassinatos de todo tipo. Chegaram pela via da
comparação a julgarem os seus ladrões educados e
pacíficos.
Será
que, como nesse feito, nessa época de Copa, onde se diz que a
excelência é a marca da FIFA, haverá também
ladrões comuns – comuns e não políticos,
portanto – com a qualidade magnífica e superior dessa
endinheirada, séria e benfazeja organização
futebolística? Será que o tão falado legado da
Copa no Brasil será mesmo a formação de ladrões
padrão FIFA?
Zé Nefasto Perguntero
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