sábado, 15 de fevereiro de 2014

2014, UM ANO POLÍTICO PERDIDO

      Em ano político bem encurtado, devido à realização da copa e das eleições no segundo semestre, senadores não votaram nenhum projeto ainda neste ano e líderes dos partidos não têm agenda de votação definida até o momento. Sob pressão das manifestações populares do ano passado, parlamentares criaram "Agenda positiva" e trabalharam até de madrugada, aprovando mais projetos que em 2012. Da pressão das ruas surgiu, de imediato, a votação aberta para perda de mandato no congresso, cuja primeira consequência foi a cassação do deputado presidiário Natan Donadon, preso também em consequência das manifestações de junho.
        Em todo ano eleitoral, o segundo semestre é praticamente nulo no Congresso Federal, uma vez que os parlamentares vão para as chamadas "bases eleitorais" em busca de votos para si ou apoiando vereadores e prefeitos, quando o pleito é regional. Neste ano, além dos prejuízos com a falta de aprovação de projetos, sejam populares, originários do governo ou do próprio legislativo, o gasto público, lícito ou criminoso, será muito maior que nos outros anos. 
        A Copa das Confederações, minúscula diante da copa do mundo, já mostrou a festa que se fez com o dinheiro público, com familiares de políticos, amigos etc viajando nos aviões da FAB. Além dos gastos ilegais, há a legalização da imoralidade pública, com o governo petista dando os "vale copa" com direito à gastança pelos políticos e seus apoiadores nas cidades onde  háverá jogos, assim como foi feito em Portugal recentemente, onde o governo procurou esconder a viagem com dezenas de integrantes. 
        Neste ano, mesmo sendo ano eleitoral, em que se deveria ter cautela para não perder votos, os prejuízos do país serão muito maiores, a não ser que houvesse muita pressão popular, o que parece imprevisível pela maior parte da população, ainda muito disposta à tolerância com todos os desmandos políticos e resignada na má qualidade de vida, sendo ela mesma muito conivente com as ações dos agentes públicos os quais elege, apoia ou tolera, pelo menos numa imensa parte.
Elói Alves


Contos humanos

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