domingo, 15 de junho de 2014

PASSAGEM

Há algo de etéreo entre o fenecer das flores

No instante vital da beleza que murcha

Que evoca a essência de um explendor que se foi



O ancião já trilhou pela era eufórica

(é próprios das épocas a sucessão de tons)

Calmamente, põe os pés sobre um ocaso sutil

Conhece bem as estações e os tempos

E não se agita com a mutação



À memória alada, alimenta a seiva dos dias que chegam

À indiferença do novo, mantém-se sem tremor

Consciente de que a hora dele também chegará
 
Elói Alves
 

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