Esta é a capa de meu novo livro, Contos humanos, que será lançado pela Linear B Editora ao final deste mês, no centro de São Paulo.
Leia o prefácio do livro:
http://realcomarte.blogspot.com.br/2013/10/prefacio-do-livro-contos-humanos-por.html
sábado, 2 de novembro de 2013
terça-feira, 29 de outubro de 2013
PREFÁCIO DO LIVRO CONTOS HUMANOS por Jácomo F. Neto
Trago uma especial alegria e o privilégio de ter, para o livro Contos Humanos, o prefácio de Jácomo Facio Neto. O livro terá ainda um posfácio, do escritor Edu Moreira
Prefácio:
Humanos ou humanoides; como me sinto, mais para a direita, mais para a esquerda ou mureiro.
Em uma passada pelo mundo literário, feito pelo autor, temos outros escritores, vários, e seus personagens em diferentes épocas e tempos, como testemunhas de um mundo que mudou, se globalizou e banalizou as relações humanas, criando maior distanciamento entre as pessoas; e a troca, o aperto de mão, como ficam as relações: fiapos, desconfianças ou deixa pra lá. Outras palavras; fazendo o ter mais valorizado que o ser.
O autor escreve, cria e retrata, como pode ser lido na obra do Elói, verdades, mentiras, suposições, imaginações, absurdos que acontecem na realidade e acabam sendo confundidos com a ficção; realidade ou ficção, ficção ou verdade. Será que a voz do povo é a voz de Deus, quando jogam-se nos ombros de uma mulher viúva pestes e loucura?
Roda ou gira o mundo, feito pião, nem tudo que ocorre no hemisfério norte é pecado no sul. Mas a sujeira é a mesma; fede lá, fede cá; fé de mais fé de menos, perfume é o remendão em várias sociedades.
Nem tudo que acontece em Brasília é pecado, pois um coral de anjos canta em harmonia, fechando os olhos e sacudindo as penas ( balançando os ombros).
-Povo, eu sou da comunidade, até ser eleito, depois sou elite, saindo do Bexiga, atravessando a Paulista e me fixando nos Jardins; brava gente brasileira.
As verdades do Elói aqui contidas na forma de personagens, todos com a mesma importância, chegam a fazer rir muito, chorar também, e em determinados pontos ou capítulos nos confundimos como bêbados ou equilibristas, achando que o lido foi escrito e sempre pensado por nós leitores.
Nem ele escapou; Macunaíma herói brasileiro, assim como outros personagens locais, regionais e universais são Luzivanios e Luzivanias, Clarianos ou Clarianas que clareiam nossas mentes para os jogos, sejam de poder ou de copas, que camuflam ou tentam fazê-lo com a realidade.
Mostrando com seus personagens, suas vidas e ações o dia a dia de muitos de nós; espelhos do cotidiano; espelho de várias cidades, vilas ou guetos.
Que valor seria dado a vida pois até um personagem, pra quem mora em São Paulo é muito real, vive nas ruas fazendo parte das franjas da sociedade, sujo, pouco falando o português compreensivo, ou inglês, mas também sujo andado de bicicletas, malandros. Comida até podem ganhar e manterem-se, mas existe o “dindin” para boas goladas de aguardente. Para quem doa é mais fácil dar de beber um convite e um tapinha nas costas.
Elói não fica a beira ou margem do caminho jogando pedras ao além. As pedras são usadas para construir um texto forte onde a realidade aparece como ficção.
Seja em nome de bairro, rua ou mesmo referindo-se a fé, nos fica evidente a religiosidade do autor.
Jácomo Facio Neto
Professor de matemática, ciências e biologia, pedagogo, Diretor de Escola Municipal em São Paulo, cronista e admirador do autor como pessoa e suas obras e lisonjeado pelo convite do amigo e irmão para escrever o presente Prefácio.
Contos humanos
será lançado pela Linear B Editora ao final de novembro
(Repostei o presente texto para correção no link, reconduzindo os gentis comentários abaixo.)
sábado, 26 de outubro de 2013
O MINISTÉRIO DA SUPREMA FELICIDADE- Perguntero
Escrevi por ai abaixo, em uma destas minhas colunas perguntadoras, que os políticos não morriam, encarnavam, antes, em seus afilhados. E veja que o enviado do defunto Chávez, Nicolás Maduro, ainda que verde como presidente da Venezuela, surge agora com essa: criou o “vice ministério da suprema felicidade”, cuja função é cuidar dos sem-teto, dos desvalidos, dos idosos e das crianças. Não é magnífico um ministério de tamanho alcance, de tamanha pujança, um departamento político da suprema felicidade? Não será que esse país andino se tornará agora o destino de toda alma sensível e esperançosa?
Apesar de
ter sido eleito num pleito apertadíssimo e até
questionado na justiça, que promoveu recontagem de votos,
Maduro já tinha me encantado antes. Esse meu encantamento por
ele se deu quando disse em comício ter se comunicado com o
“comandante” Chaves através de uma passarinho. “O
passarinho assobiou para mim- disse ele, eu assobiei para ele e vi que era o
espírito do comandante”. Não digo que Chávez não
possa aparecer de algum modo; a mim me parece que ele está todo aí, na pobre Venezuela de rico petróleo; está
aí na figura de seu sucessor, não acham? Ou acham que Chávez não teria capacidade de criar um setor administrativo e burocrático com poder de propiciar a suprema felicidade?
Sabe-se
que a questão da felicidade da pessoa humana é algo
complexo, sobretudo hoje em dia, quando suas carências são
sucessivas e suas demandas contínuas, e uma suprema felicidade
parece mais algo superior ao poder do Estado e de sua política
que promove continuamente a infelicidade da pessoa humana por variados meios; no entanto, tudo agora será diferente.
Essa
criação canetiva da suprema felicidade me lembrou
imediatamente de um filhote de deus, que, havendo iniciado há
pouco no governo, dizia já ter feito mais que qualquer outro
em toda a história de seu país e que, no fim, acabou com o seu
governo atolado na infelicidade da sujeira da corrupção,
igual ou até pior a tantos outros contra os quais roucamente havia gritado até a hora em que chegou ao poder. Mas vamos ao país da suprema felicidade, ou não vamos?
Zé Nefasto Perguntero
contos humanos
próximo livro do autor será lançado em novembro
Leia o prefácio do livro Contos humanos, escrito por Jácomo Facio Neto:
quarta-feira, 23 de outubro de 2013
PREFÁCIO DO LIVRO CONTOS HUMANOS
Trago
uma especial alegria e o privilégio de ter, para o livro Contos
Humanos, o prefácio de Jácomo Facio Neto. O livro terá
ainda um posfácio, do escritor Edu Moreira
Prefácio:
Humanos
ou humanoides; como me sinto, mais para a direita, mais para a
esquerda ou mureiro.
Em
uma passada pelo mundo literário, feito pelo autor, temos
outros escritores, vários, e seus personagens em diferentes
épocas e tempos, como testemunhas de um mundo que mudou, se
globalizou e banalizou as relações humanas, criando
maior distanciamento entre as pessoas; e a troca, o aperto de mão,
como ficam as relações: fiapos, desconfianças ou
deixa pra lá. Outras palavras; fazendo o ter mais valorizado
que o ser.
O
autor escreve, cria e retrata, como pode ser lido na obra do Elói,
verdades, mentiras, suposições, imaginações,
absurdos que acontecem na realidade e acabam sendo confundidos com a
ficção; realidade ou ficção, ficção
ou verdade. Será que a voz do povo é a voz de Deus,
quando jogam-se nos ombros de uma mulher viúva pestes e
loucura?
Roda
ou gira o mundo, feito pião, nem tudo que ocorre no hemisfério
norte é pecado no sul. Mas a sujeira é a mesma; fede
lá, fede cá; fé de mais fé de menos,
perfume é o remendão em várias sociedades.
Nem
tudo que acontece em Brasília é pecado, pois um coral
de anjos canta em harmonia, fechando os olhos e sacudindo as penas (
balançando os ombros).
-Povo,
eu sou da comunidade, até ser eleito, depois sou elite, saindo
do Bexiga, atravessando a Paulista e me fixando nos Jardins; brava
gente brasileira.
As
verdades do Elói aqui contidas na forma de personagens, todos
com a mesma importância, chegam a fazer rir muito, chorar
também, e em determinados pontos ou capítulos nos
confundimos como bêbados ou equilibristas, achando que o lido
foi escrito e sempre pensado por nós leitores.
Nem
ele escapou; Macunaíma herói brasileiro, assim como
outros personagens locais, regionais e universais são
Luzivanios e Luzivanias, Clarianos ou Clarianas que clareiam nossas
mentes para os jogos, sejam de poder ou de copas, que camuflam ou
tentam fazê-lo com a realidade.
Mostrando
com seus personagens, suas vidas e ações o dia a dia de
muitos de nós; espelhos do cotidiano; espelho de várias
cidades, vilas ou guetos.
Que
valor seria dado a vida pois até um personagem, pra quem mora
em São Paulo é muito real, vive nas ruas fazendo parte
das franjas da sociedade, sujo, pouco falando o português
compreensivo, ou inglês, mas também sujo andado de
bicicletas, malandros. Comida até podem ganhar e manterem-se,
mas existe o “dindin” para boas goladas de aguardente. Para quem
doa é mais fácil dar de beber um convite e um tapinha
nas costas.
Elói
não fica a beira ou margem do caminho jogando pedras ao além.
As pedras são usadas para construir um texto forte onde a
realidade aparece como ficção.
Seja
em nome de bairro, rua ou mesmo referindo-se a fé, nos fica
evidente a religiosidade do autor.
Jacomo
Facio Neto
Professor
de matemática, ciências e biologia, pedagogo, Diretor de
Escola Municipal em São Paulo, cronista e admirador do autor
como pessoa e suas obras e lisonjeado pelo convite do amigo e irmão
para escrever o presente Prefácio.
sexta-feira, 18 de outubro de 2013
RETRATO DE MULHER
Verso a verso pintava o seu retrato,
Olhos e nariz com todos os contornos
Lábios vivos como chamas de um forno
Tanta beleza não cabia só em quatro
Os movimentos (que magia!), a cintura,
O vai e vem que a custo se descreve,
Divina imagem que ao homem enlouquece,
Mais um quarteto para pintar essa feitura.
Os sons singelos lembram os seus beijos
Rosto, riso, calor num só encanto
A pele, a mão, ternura e toques meigos,
Suprema arte, faz tremer mais que o medo
Cujo Autor tem no ceu o seu recanto
E o poeta a retrata em seu soneto
Elói Alves
Olhos e nariz com todos os contornos
Lábios vivos como chamas de um forno
Tanta beleza não cabia só em quatro
Os movimentos (que magia!), a cintura,
O vai e vem que a custo se descreve,
Divina imagem que ao homem enlouquece,
Mais um quarteto para pintar essa feitura.
Os sons singelos lembram os seus beijos
Rosto, riso, calor num só encanto
A pele, a mão, ternura e toques meigos,
Suprema arte, faz tremer mais que o medo
Cujo Autor tem no ceu o seu recanto
E o poeta a retrata em seu soneto
Elói Alves
contos humanos
próximo livro do autor será lançado em novembro
Leia o prefácio do livro Contos humanos, escrito por Jácomo Facio Neto:
QUANDO O ESTADO SE IGUALA AOS BANDIDOS
O Estado, ao empreender sua política de tomada dos morros do Rio, apressada pelo advento da Copa, tem agido, repetidas vezes, como os criminosos que diz combater, torturando, assassinando e forjando provas contra suas vítimas para encobrir seus crimes. Depois do caso Amarildo, cuja denúncia partiu primeiramente dos protestos de ruas e que somente depois foi noticiado pela grande mídia com a muito posterior e consequente investigação e denúncia pelo Ministério Público, hoje foi a Vez de Manguinhos, onde a polícia atirou com arma letal em pessoas que protestavam contra a morte de jovem espancado por policiais O uso de armas letais pela polícia do Rio em manifestação pacífica já havia sido registrada em vídeos e denunciada por manifestantes que registraram a ação de policiais - tanto fardados como à paisana - atirando em direção a manifestantes durante ato de professores na última terça feira, dia 15.
Hoje, uma jovem de 17 anos foi baleada em uma manifestação na favela de Manguinhos, subúrbio do Rio, em repúdio à morte do jovem Paulo Roberto Pinho, que teria sido espancado e morto por PMs, na tarde desta quinta-feira (17). Ela foi encaminhada ao Hospital Salgado Filho, no Méier, também no Subúrbio, onde foi visitada pelo coordenador da Área de Polícia Pacificadora, Coronel Cláudio Halick.
O fato é que as condutas dos agentes policiais não se mostram ações isoladas ou atos de explosão e descontrole emocional, ao contrário; a tortura não é uma conduta individual nem facilmente ocultável, como não o é a participação de policiais com arma letal em protestos civis; essas ações são obviamente orquestradas. O problema é que esses abusos somente são apurados e punidos quando há forte questionamento popular.
Corrobora para a triste ideia da policia como órgão de repressão e violência planejada a fala do secretário de segurança do Estado do Rio de Janeiro nesta semana à imprensa, à qual disse que "o uso de bombas e balas de borracha pela polícia (contra cidadãos civis) representa um avanço", coisa extremamente lamentável. Para piorar, a própria mídia só divulga casos de abusos contra indivíduos anônimos quando estes casos são denunciados por mídias alternativas ou incorporadas aos temas dos protestos de rua, que felizmente têm surgido no país, como meio de denúncia dos abusos do Poder e de questionamento popular. O problema é que, ao agir fora e acima da lei, como um soberano, ou propriamente um tirano, o Estado se iguala aos piores bandidos que diz combater e se distancia ainda mais dos cidadãos que formam a sociedade desacreditada da justeza e da justiça do Estado.
Elói Alves
contos humanos
próximo livro do autor será lançado em novembro
quarta-feira, 16 de outubro de 2013
ERVAS DANINHAS
Terra
do café de gosto bom
Do
açúcar pra adoçar tão longe
Terra
à vista que esticou os olhos de Caminha
De
flores, de cores, de sementes boas
Chão
fresco e bom para acolher o mundo
Mas,
meu Deus, por que brota tanta erva daninha?
domingo, 13 de outubro de 2013
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Prefácio para o livro Contos e Causos Notariais , de Arthur Del Guércio Neto, professor e jurista O presen...
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