quarta-feira, 29 de junho de 2011
CABRAL, GOVERNADOR DO RIO, DIZ TER ERRADO AO CHAMAR BOMBEIROS DE "VÂNDALOS", APÓS IMPRENSA MOSTRAR AMIZADE COM EMPREITEIROS
O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, disse hoje que errou ao chamar os bombeiros que faziam greve por melhores salários de “Vândalos”. Na ocasião Cabral deu declarações à imprensa ofendendo o corpo de bombeiro carioca dizendo muito mais coisas do que essa pela qual pede desculpa, como mostramos na nota publicada aqui com o título de “ O CASO DOS BOMBEIROS DO RIO, O DISCURSO DO GOVERNADOR E O TROPA DE ELITE II, que está entre os textos mais lidos aqui.”. Este recuo de Cabral não é gratuito, nem um pouquinho. Desde que o caso veio à tona, muita gente foi para a Assembleia Legislativa carioca protestar. Passeatas reuniram milhares de manifestantes pelas ruas fluminenses em defesa dos bombeiros, que agora foram anistiados da invasão do quartel. Curiosamente também esta fala arrependida de Cabral vem na hora em que a imprensa nacional mostra suas relações com empreiteiros de obras públicas, como Eike Batista, do grupo EBX e Fernando Cavendish, dono da Delta Construções, que tem aumentado no seu governo, além de uso de seus aviões para viagens. Bem interessante esta fala mansa de agora, diferente do linchamento público que fez do corpo de bombeiros dias atrás.
terça-feira, 28 de junho de 2011
O EMÍLIO, DE ROUSSEAU, E OS NOSSOS HOMENS GRANDES
O filósofo J. J. Rousseau dizia que o homem nasce bom e a sociedade o corrompe. Sobre isso vejamos: Há crianças que são nos primeiros anos réplicas da beleza e "fofura". Há ainda outras que são exemplos da própria inteligência, sem falar de algumas que nascem, ao que parece, com uma boa gramática na cabeça, adequando à norma regência verbal e preposições. Mas logo...! Logo temo-las homens grandes. Não grandes homens, certo? Com todos os vícios, até mesmo a saudade patológica da infância ou criminosamente pedófilos. Sem falar da corrupção, roubo, asssssssassinatos, latrocccccínios, a incompetência e a preguiça com a busca da melhora como pessoa humana. O quê será que acontece com o nosso fermento? Será que o Emílio quando cresce muda de nome? Vamos, diga Rousseau?
Zé Nefasto Perguntero
Zé Nefasto Perguntero
domingo, 26 de junho de 2011
NOTA SOBRE A MORTE DO EX-MINISTRO PAULO RENATO E A VIDA DA EDUCAÇÃO?
Paulo Renato de Souza, ex-minstro da educação, morreu ontem na cidade paulista de São Roque de infarto fulminante, aos sessenta e cinco anos. Ele foi o responsável pela criação do Enem (Exame nacional do ensino médio) e do Fundef (Fundo de manuntenção e desenvolvimento do ensino fundamental. Homem culto, de bom tom e de boas ideias poderia ainda contribuir com seu trabalho a favor dessa área moribunda que é a educação no Brasil. A educação em todos os níveis não tem valido nada. Vale o dinheiro, importando menos o respeito, a boa convivência entre as pessoas, o aprendizado e a capacitação. Espero que o Enem tenha vida longa e boa saúde. Para que os estudantes não tenham dor de cabeça com problemas que não sejam da resolução da prova, nem com vazamento dela ou prejuizo com anulação de questões.
O JOGADOR DE FUTEBOL ROBERTO CARLOS, OS RUSSOS, BORIS YELTISIN E OS MACACOS
O lateral esquerdo Roberto Carlos vem sendo hostilizado nos estádios da Rússia, onde joga atualmente. Na última semana lhe jogaram uma banana no momento em que atuava pelo seu time. Esse comportamento não é novo, por repetidas vezes tem ocorrido em vários países da Europa, chamada civilizada e de primeiro mundo. Os jogadores de origem africana e sul-americana são chamados de macacos e coisas semelhantes. Agora, o que querem dizer com isso? Que tais jogadores são inferiores a eles e por isso são como macacos? E eles são melhores e superiores?
Não defenderei o jogador brasileiro, porque ele não precisa. É boa gente, tem boa cabeça, está rico e muito bem sucedido na carreira. É tão bem sucedido na carreira que, já veterano, ganha milhões dos milhares de russos que se acotovelam e pagam caro para vê-lo em campo; uma vez que estão desfalcados das famosas habilidades do muitíssimo sóbrio Boris Yeltisin (este realmente me encantava com sua arte).
Mas, e os macacos? Ah macacos de minha América querida! Não seria preferível um lindo macaquinho à vizinhança e à amizade de alguns europeus como o russo Stalin? E Hitler? Ou será que aos nosos indomesticáveis saguizinhos as camareiras da América do Norte vão preferir a amizade do maravilhoso e gentil europeu do FMI, o francês Domenique Strauss-Kahn, que quase chega a presidente da França? Nada disso! Na verdade nossa América infra-equatoriana é muito perigosa, pois, por ter vindo para cá, o grande orador padre Antônio Vieira foi levado ao tribunal da “Santa Inquisição”, que era europeia e queimava vivo seus irmãos por todo o seu belo e excelente continente, que o inteligente burguês aprecia onde esteja. Ai, deixa para lá este papo que vou pegar uma exótica aula de higiene diária com os indígenas da Amazônia. Será que ainda aprendo? Não sei, com tantos séculos de civilização na cabeça! Alguém aí tem um bom perfume?
Zé Nefasto Perguntero
Não defenderei o jogador brasileiro, porque ele não precisa. É boa gente, tem boa cabeça, está rico e muito bem sucedido na carreira. É tão bem sucedido na carreira que, já veterano, ganha milhões dos milhares de russos que se acotovelam e pagam caro para vê-lo em campo; uma vez que estão desfalcados das famosas habilidades do muitíssimo sóbrio Boris Yeltisin (este realmente me encantava com sua arte).
Mas, e os macacos? Ah macacos de minha América querida! Não seria preferível um lindo macaquinho à vizinhança e à amizade de alguns europeus como o russo Stalin? E Hitler? Ou será que aos nosos indomesticáveis saguizinhos as camareiras da América do Norte vão preferir a amizade do maravilhoso e gentil europeu do FMI, o francês Domenique Strauss-Kahn, que quase chega a presidente da França? Nada disso! Na verdade nossa América infra-equatoriana é muito perigosa, pois, por ter vindo para cá, o grande orador padre Antônio Vieira foi levado ao tribunal da “Santa Inquisição”, que era europeia e queimava vivo seus irmãos por todo o seu belo e excelente continente, que o inteligente burguês aprecia onde esteja. Ai, deixa para lá este papo que vou pegar uma exótica aula de higiene diária com os indígenas da Amazônia. Será que ainda aprendo? Não sei, com tantos séculos de civilização na cabeça! Alguém aí tem um bom perfume?
Zé Nefasto Perguntero
sexta-feira, 24 de junho de 2011
A ANISTIA DOS CRIMES DA DITADURA VALERÁ ATÉ O JUIZO FINAL? (Perguntero)
Neste feriadão passei para fazer só uma pergunta, sobre a questão dos sigilos, em discussão no congresso, das obras do PAC da copa e dos arquivos do governo que estão lacrados:
A anistia dos crimes do período da ditadura de 64 valerá até o juízo final?
Hoje é só isso, que estou sob sigilo
Zé Nefasto Perguntero
A anistia dos crimes do período da ditadura de 64 valerá até o juízo final?
Hoje é só isso, que estou sob sigilo
Zé Nefasto Perguntero
O SIGILO NAS CONTAS DA COPA DO MUNDO E DOS ARQUIVOS DA DITADURA
“...reconhecem-se os crimes, absolvem-se os criminosos e pune-se a sociedade”
A corrupção no Brasil tem sido um fato constante nas coisas públicas. Ministros, prefeitos, governadores, deputados já caíram recentemente. Agora, o que será se eles puderem fazer suas coisas com a cobertura de sigilo garantido pelo governo federal e pela aprovação de todo o congresso? É o que está para acontecer com as obras para a copa do mundo de 2014. O governo federal tem insistido em aprovar a construção de obras sob sigilo e já conseguiu dobrar senadores que eram contrários.
O futebol também está sob fétida suspeição. A FIFA e a CBF, entidades responsáveis pelo futebol estão denunciadas em tribunais pelo mundo por vários atos de corrupção, suborno, compra de votos etc. Sem dizer que a CBF de Ricardo Teixeira funciona como uma empresa particular e nada tem a ver com os interesses dos brasileiros que se matam de torcer, gastando suas energias com algo que não faz parte das coisas mais decisivas da vida, que aliás no Brasil são menos importantes muitas vezes por aqui.
Um outro aspecto do sigilo são os arquivos dos crimes praticados no período da ditadura militar no Brasil, que durou de abril de 1964 a meados da década de oitenta. Houve crimes praticados por civis e militares. Torturas, assassinatos, sequestros, roubos, são alguns dos crimes, sendo todos os criminosos beneficiados pela anistia eterna. Interessante no Brasil é a conta a ser paga. A sociedade que sofreu com o regime totalitário tem também que pagar indenização às vítimas com seus impostos e os criminosos ficam livres, alguns para exercer cargos públicos. Engraçado! Reconhecem-se os crimes, absolvem-se os criminosos e pune-se a sociedade. É o Brasil! Muito bom exemplo vem da vizinha Argentina, que acaba de mandar um ex-presidente ditador à cadeia perpétua. Viva o povo argentino!
A corrupção no Brasil tem sido um fato constante nas coisas públicas. Ministros, prefeitos, governadores, deputados já caíram recentemente. Agora, o que será se eles puderem fazer suas coisas com a cobertura de sigilo garantido pelo governo federal e pela aprovação de todo o congresso? É o que está para acontecer com as obras para a copa do mundo de 2014. O governo federal tem insistido em aprovar a construção de obras sob sigilo e já conseguiu dobrar senadores que eram contrários.
O futebol também está sob fétida suspeição. A FIFA e a CBF, entidades responsáveis pelo futebol estão denunciadas em tribunais pelo mundo por vários atos de corrupção, suborno, compra de votos etc. Sem dizer que a CBF de Ricardo Teixeira funciona como uma empresa particular e nada tem a ver com os interesses dos brasileiros que se matam de torcer, gastando suas energias com algo que não faz parte das coisas mais decisivas da vida, que aliás no Brasil são menos importantes muitas vezes por aqui.
Um outro aspecto do sigilo são os arquivos dos crimes praticados no período da ditadura militar no Brasil, que durou de abril de 1964 a meados da década de oitenta. Houve crimes praticados por civis e militares. Torturas, assassinatos, sequestros, roubos, são alguns dos crimes, sendo todos os criminosos beneficiados pela anistia eterna. Interessante no Brasil é a conta a ser paga. A sociedade que sofreu com o regime totalitário tem também que pagar indenização às vítimas com seus impostos e os criminosos ficam livres, alguns para exercer cargos públicos. Engraçado! Reconhecem-se os crimes, absolvem-se os criminosos e pune-se a sociedade. É o Brasil! Muito bom exemplo vem da vizinha Argentina, que acaba de mandar um ex-presidente ditador à cadeia perpétua. Viva o povo argentino!
quinta-feira, 23 de junho de 2011
O MUNDO DE HOJE PARECE PESADO DEMAIS PARA OS INDIVÍDUOS: Algumas palavras sobre a palavra longânimo
Eu estava a toa quando me veio essa palavra: longânimo. Anoitecia, eu havia saído do trabalho e vagueava como quem descansa a um só tempo o corpo e as ideias. Meio estranha a palavra longânimo. Há tempos que não a ouvia nem de mim mesmo. Não condiz com as palavras que tenho ouvido. Certamente está desatualizada, seja o que for o que queira dizer ser atualizado. Assim fui indo para outros tempos, retrocedendo. Em pequeno foi que ouvi esta palavra pela primeira vez, recordei-me.
Morei longe de tudo em minha primeira infância. Nem nada havia às vezes. Matos, cabras, gentes dali, bem dali. E uns poucos rapazes já avançados, se atualizando no que diziam moderno, nos bailes, nas roupas, nas bebidas e brigas de bailes, que chamavam de “tretas”. Foi ali que ouvi de uns velhos essa palavra. Eu sabia que não podia ouvir as conversas dos velhos, mas ficava por ali como quem não quer nada. Esticava os ouvidos e ia guardando as palavras. Muita coisa não entrava, outras entravam e saiam, algumas sumiam com o tempo dando-se por mortas, para ressuscitar em um dia longinquo ao fim de uma tarde: “longânimo”.
Certamente alguns velhos me influenciaram bem mais que os jovens modernos que “tretavam” nos bailes naquele tempo. Sendo assim devo a qualquer velhinho minhas leituras de ainda criança dos provérbios de Salomão. Se não foi este, deve ter sido um outro - Paulo, Pedro, Davi - que me deu o derivado longanimidade. Devo dizer, de passagem, que não havia gibi da Mônica ao alcance de meus olhos. Mesmo num vilarejo do antigo entorno de São Paulo havia uma bíblia. Não havia gibis, nem bibliotecas, mas havia uma bíblia, um Bradesco, um pouquinho mais para o centro, uma assembleia de Deus, a igrejinha católica no alto da praça e terras, muita terra com campos de futebol, onde corríamos descalços, contentes da vida. E havia principalmente todo o tempo infinito e possível para viver aquela vida nos momentos mágicos de sua inocência e daquela liberdade.
A palavra longânimo é antiquada hoje, é desusada e estranha. Sobretudo longanimidade é mais incomum. Essas palavras significam ter um ânimo longo, que não se esgota rapidamente, algo flexível e duradouro. Lembra paciência, que é numa frase conhecida de Cícero a capacidade de suportar, “corpus patiens".
Não é apenas em relação aos outros que não se tem paciência e longanimidade hoje. É também em relação a si próprio, com seus projetos, com suas tarefas, uma ausência de consciência de uma constante auto-mutação. Há sim um comprometimento da relação com os outros, no trabalho, em casa, na escola, na rua, nas redes sociais; mas sua origem está por vezes em si próprio, no elo mínimo do todo. É uma questão de saúde em boa medida, psicológica ou de outras patologias, porém é já ao mesmo tempo algo mais complexo: uma doença da sociedade atual.
Há forças positivas e negativas em todas as direções no mundo de hoje, o que mostra a complexidade dos fenômenos. E as coisas não são gratuitas, existem interesses poderosos envolvidos. Mas para além de uma dualidade, há também dialética. Como se essas coisas estivessem misturadas no mesmo pote. Assim, como distinguir o bem e o mal?
O mundo de hoje parece pesado demais para os indivíduos. Tanto maior o é quando a sociedade sucumbe toda ela diante de seus problemas. Quando as instituições são mais fortes que os indivíduos e seus interesses tomam rumos opostos. O indivíduo de início fraqueja, depois aceita apenas “empurrar com abarriga”, rejeitando os grandes embates e destratando a si e ao próximo. E torna-se um reflexo dessa sua vida em quase tudo que faz.
Mas quero esperar que haja arte, haja audível música, haja alguma inocência, sobretudo haja indivíduos que se façam distintos, que se façam melhores. Que a paciência, fruto do cuidado de si, da projeção de si para com os outros imediatamente a sua volta ainda se renove. E que o prazer para si não seja o mal para o outro. Que a estranha palavra longânimo traga sua irmã: a longevidade, ainda que estejam fora de moda.
Morei longe de tudo em minha primeira infância. Nem nada havia às vezes. Matos, cabras, gentes dali, bem dali. E uns poucos rapazes já avançados, se atualizando no que diziam moderno, nos bailes, nas roupas, nas bebidas e brigas de bailes, que chamavam de “tretas”. Foi ali que ouvi de uns velhos essa palavra. Eu sabia que não podia ouvir as conversas dos velhos, mas ficava por ali como quem não quer nada. Esticava os ouvidos e ia guardando as palavras. Muita coisa não entrava, outras entravam e saiam, algumas sumiam com o tempo dando-se por mortas, para ressuscitar em um dia longinquo ao fim de uma tarde: “longânimo”.
Certamente alguns velhos me influenciaram bem mais que os jovens modernos que “tretavam” nos bailes naquele tempo. Sendo assim devo a qualquer velhinho minhas leituras de ainda criança dos provérbios de Salomão. Se não foi este, deve ter sido um outro - Paulo, Pedro, Davi - que me deu o derivado longanimidade. Devo dizer, de passagem, que não havia gibi da Mônica ao alcance de meus olhos. Mesmo num vilarejo do antigo entorno de São Paulo havia uma bíblia. Não havia gibis, nem bibliotecas, mas havia uma bíblia, um Bradesco, um pouquinho mais para o centro, uma assembleia de Deus, a igrejinha católica no alto da praça e terras, muita terra com campos de futebol, onde corríamos descalços, contentes da vida. E havia principalmente todo o tempo infinito e possível para viver aquela vida nos momentos mágicos de sua inocência e daquela liberdade.
A palavra longânimo é antiquada hoje, é desusada e estranha. Sobretudo longanimidade é mais incomum. Essas palavras significam ter um ânimo longo, que não se esgota rapidamente, algo flexível e duradouro. Lembra paciência, que é numa frase conhecida de Cícero a capacidade de suportar, “corpus patiens".
Não é apenas em relação aos outros que não se tem paciência e longanimidade hoje. É também em relação a si próprio, com seus projetos, com suas tarefas, uma ausência de consciência de uma constante auto-mutação. Há sim um comprometimento da relação com os outros, no trabalho, em casa, na escola, na rua, nas redes sociais; mas sua origem está por vezes em si próprio, no elo mínimo do todo. É uma questão de saúde em boa medida, psicológica ou de outras patologias, porém é já ao mesmo tempo algo mais complexo: uma doença da sociedade atual.
Há forças positivas e negativas em todas as direções no mundo de hoje, o que mostra a complexidade dos fenômenos. E as coisas não são gratuitas, existem interesses poderosos envolvidos. Mas para além de uma dualidade, há também dialética. Como se essas coisas estivessem misturadas no mesmo pote. Assim, como distinguir o bem e o mal?
O mundo de hoje parece pesado demais para os indivíduos. Tanto maior o é quando a sociedade sucumbe toda ela diante de seus problemas. Quando as instituições são mais fortes que os indivíduos e seus interesses tomam rumos opostos. O indivíduo de início fraqueja, depois aceita apenas “empurrar com abarriga”, rejeitando os grandes embates e destratando a si e ao próximo. E torna-se um reflexo dessa sua vida em quase tudo que faz.
Mas quero esperar que haja arte, haja audível música, haja alguma inocência, sobretudo haja indivíduos que se façam distintos, que se façam melhores. Que a paciência, fruto do cuidado de si, da projeção de si para com os outros imediatamente a sua volta ainda se renove. E que o prazer para si não seja o mal para o outro. Que a estranha palavra longânimo traga sua irmã: a longevidade, ainda que estejam fora de moda.
domingo, 19 de junho de 2011
RETRATO DE MULHER
Verso a verso pintava o seu retrato,
Olhos e nariz com todos os contornos
Lábios vivos como chamas de um forno
Tanta beleza não cabia só em quatro
Os movimentos (que magia!), a cintura,
O vai e vem que a custo se descreve,
Divina imagem que ao homem enlouquece,
Mais um quarteto para pintar essa feitura.
Os sons singelos lembram os seus beijos
Rosto, riso, calor num só encanto
A pele, a mão, ternura e toques meigos,
Suprema arte, faz tremer mais que o medo
Cujo autor tem no ceu o seu recanto
E o poeta a retrata em seu soneto
(a Elizabeth Lorena e a todos leitores desses dois anos)
Olhos e nariz com todos os contornos
Lábios vivos como chamas de um forno
Tanta beleza não cabia só em quatro
Os movimentos (que magia!), a cintura,
O vai e vem que a custo se descreve,
Divina imagem que ao homem enlouquece,
Mais um quarteto para pintar essa feitura.
Os sons singelos lembram os seus beijos
Rosto, riso, calor num só encanto
A pele, a mão, ternura e toques meigos,
Suprema arte, faz tremer mais que o medo
Cujo autor tem no ceu o seu recanto
E o poeta a retrata em seu soneto
(a Elizabeth Lorena e a todos leitores desses dois anos)
Assinar:
Postagens (Atom)
Postagens populares (letrófilo 2 anos 22/6)
-
Riquíssima em possibilidades interpretativas e uma das músicas mais marcantes que retrataram as terríveis ações do regime ditatoria...
-
Entre meus cinco e doze anos morei em mais de uma dezena de casas. Como não tínhamos casa própria e éramos muito pobres, mudávamos ...
-
Falo de uma notícia velha. Há alguns meses, faz quase um ano, os jornais deram a notícia acima, não exatamente com estas palavras...
-
O Brasil não tem monarquia, já há mais de cem anos, mas tem reis, diversíssimos, inumeráveis. E como um rei não vive com pouc...
-
Teresa e o namorado tinham ido ao cinema assistir Tudo vai bem na República de Eldorado. Quando saíram do estacionamento do shoppin...
-
Há dias que me nutre uma angústia, Poros adentro, formigando sutilmente Potência se fazendo pela ausência De tudo, de nada, de mim mesmo ...
-
"Um rei, longe de proprcionar subsistência a seus súditos, tira deles a sua" Rousseau, Contrato Social Acabo de vir...
-
Confesso a você que nunca fui fã de minha sogra. No início até que tentei. Fiz vários discursos, todos retórica e politicamente corr...
-
Prefácio para o livro Contos e Causos Notariais , de Arthur Del Guércio Neto, professor e jurista O presen...
-
Dona Maria morreu numa tarde em que as flores da primavera se abriam no imenso jardim das terras que ela herdara de seus antepassados e ...