terça-feira, 17 de julho de 2012

À CURVA

Não sou tão rápido que acompanhe os dias
Às vezes quero dar uma parada
Uma olhada aos passantes apressados e dizer-lhes:
-Boa viagem, mas não passem direto!

Não consigo estar atento todo o tempo
Meus limites não são os mesmos da estrada
Para confessar, nem caibo inteiro neste espaço
Estou sobrando e não é de agora

Andei um tempo na contra-mão
Deu-me umas reações estranhas
A loucura toma outros rumos

Há quanto tempo estamos do fim da estrada
Não haverá outra além desta
Pararemos antes ou no além da curva?

Elói Alves

4 comentários:

  1. Nossa Eloi!
    Viajei em teu pensamento, fui longe a cabei me fazendo as mesmas perguntas!
    Lindo divagar este teu...
    Elisabeth

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi, Beth, muito grato por sua leitura e pela apreciação; abraços gratos

      Excluir
  2. Na contra-mão andam muitos a julgarem-se eternos ou acima do bem e do mal, não nós que temos plena consciência de sermos pobre mortal!
    O ritmo frenético espanta, não há pausa para observar e grande surpresa nos aguarda para além da curva a traçar!
    Amo seus versos e ao que ele nos remete!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Muito grato, querida Ira, por sua leitua e gentis lalavras, amiga! Abraços!

      Excluir

Postagens populares (letrófilo 2 anos 22/6)