terça-feira, 5 de junho de 2012

ANTEAURORA

Os arranha-céus estão sob nossos pés
Voamos nossos vôos pelas longínquas alturas
Noites inteiras e em espaços profundos
E acordamos na antemanhã frienta e sólida

Como são tristes estes meus dias na anteaurora
Custa a nascer o sol que tanto espero
E surge já ao meio dia, fraquejando entre as montanhas

Sempre almejei agarrar as estrelas
Minha infância não se acaba nunca
Acredita eternamente a minha fraca alma
E é mais forte que este meu corpo envelhecido
Elói Alves

4 comentários:

  1. Eloi
    Engraçado isto, esta sensaão que volta e meia bate de que a juventude não chegou e a infância é eterna, até que nos olhamos no espelho da alma e encontramos lá as marcas indisfarçável do tempo que passou.
    Ser poeta é brincar com o impossível!
    Parabéns
    Elisabeth Lorena Alves

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Pois é, Beth; o homem e o tempo: uma questão inquietante que você lembra muito bem. Muito grato pela leitura e por seu comentário; abração!

      Excluir
  2. Traz a aurora a ilusão do não fenecer...
    E por mais que o tempo alquebre o corpo
    o sonho de infância é eterno alvorecer

    Sua poesia faz brilhar nossos dias...

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Grato, Ira;lindas suas palavras. Realmente, infância e sonho combinam muito bem. Abraços gratos, amiga!

      Excluir

Postagens populares (letrófilo 2 anos 22/6)