sexta-feira, 1 de julho de 2011

O CLIMA DE LUA DE MEL ENTRE A PRESIDENTE DILMA E FHC EM BRASÍLIA E A RETÓRICA DE LULA


O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso recebeu ontem em Brasília mais uma parcela das muitas homenagens que tem recebido no mês em que completou oitenta anos. No senado houve discursos de integrantes de várias tendências partidárias, até mesmo o presidente da câmara, o petista Marcos Maia, fez elogios a FHC. A atriz Fernanda Montenegro leu trechos da carta em que a presidente Dilma se dirige ao ex-presidente para felicitá-lo. Este clima mostra um momento de rara racionalidade na história política brasileira, sobretudo após um momento de guerra e ódio que foi o da última campanha presidencial, e nos oito anos de conflitos de Lula com seus adversários. A alegria de Fernando Henrique com os elogios veio com uma frase de espanto; “Meu Deus, será que eu já morri? Porque, em geral, no Brasil, só se fala bem, depois que morre”. É difícil dizer qual a data de validade deste comportamento racional e gentil. De todo modo, a presidente Dilma tem dado uma cara nova para si e para seu governo, com o ato digno de estender a mão a um homem de importância decisiva na história recente do Brasil. Importância que muitos deixaram de ver, inclusive no meio intelectual e jornalístico, que erraram repetidamente na avaliação equivocada e exagerada da retórica de Lula: “Nunca antes nesse país!"

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