O
Brasil é o país que menos devolve os recursos dos
impostos para os cidadãos em serviços públicos,
aponta estudo divulgado nesta quarta-feira (3) pelo Instituto
Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT).
Entre os 30 países com maior carga tributária, o
Brasil é o que menos investe o dinheiro arrecadado em impostos
no melhoramento dos serviços públicos, sobretudo os que
objetivam o atendimento de necessidades básicas.
Pior
que a confirmação dos dados coletados por estudiosos
não é novidade alguma. A certeza desses fatos é
percebida claramente por cada um dos milhões de cidadãos
que utilizam todos os dias os serviços públicos
precários, que em vários setores beiram a falência
total.
A
desfaçatez é tão evidente que sempre pode ficar
pior que o caos instalado. O transporte público em São
Paulo, por exemplo, sempre super lotado, agora tem os trens do metrô
e da CPTM parando a toda hora, deixando inclusive usuários
presos em túneis, sem respiração, e muitos deles
andando pelos trilhos desesperados. Há um ano, sob pressão
dos protestos populares, prometeu-se bilhões para “mobilidade
pública”, termo usado inicialmente pelo movimento Passe
Livre, mas passado o sufoco dos gritos populares, nada se fez.
Interessante que a Promotoria em São Paulo nada diz sobre essa
calamidade.
Não
se trata, na verdade, de má administração do
dinheiro público, nem de desconhecimento das necessidades da
população, trata-se de roubo, de assalto ao povo, aos
cidadãos. Aliás, no Brasil acabaram-se os desvios de
quantias como milhares; os desvios vão sempre para casa do
bilhão, dos bilhões, nem os cineastas que produzem
filmes de bandidos produzem ficção como a realidade da
roubalheira na política brasileira.
Elói Alves
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