Sansão era um homem forte, vistoso
Sobre cujos largos ombros escorriam os cabelos
Em que se ocultavam tantas forças, tanto invejadas
E requeridas por seus inimigos
Um dia o manietaram com artimanhas sutis
Raspando-lhe a cabeça, fio por fio
E sugaram as suas forças, até o fim
Cegando-lhe os olhos, friamente
E riram-se dele
Hoje, seus filhos andam nus
Os netos, desterrados em suas terras
Alquebrados pelo interesse de toda bomba
Sem vigor, sem mente, sem visão
Sem lágrimas as quais lhe caiam da face
Elói Alves
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