sábado, 28 de julho de 2012

O GALO E O FESTIM DOS HOMENS

Há um festim lá fora, borbulhando
Ouço os homens a esboçar contentamento
Entoam glórias e adornam o exterior
À minha porta, canta um galo desorientado

-Acalme-se, galináceo- digo baixinho
Amanhã tudo estará como sempre
A celebração é uma festa exígua que não dura
Sua fuga não desvia-nos do nada

-Durma tranqüilo esta noite
E volte a me despertar amanhã
Seu canto será sempre o marcador dos tempos
Entre os quais os homens vacilam e se negam

Elói Alves

2 comentários:

  1. Fui novamente lida pelo seu poema! Melhor mesmo explicar ao galináceo a efêmera farra do humano!

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  2. Grato, Ira, ele já se foi, cantando...abrçps gratos

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