A densidade, presente e distante, alheia-se
Desejos espessos gastam-se ao tempo
A frialdade alimenta-se de mortes
Portões de aço, cortinas de ferro fecham-se
Os corações resistem a todas as batidas
Os rostos temem franquear-se, totalmente
O ocultamento perfura quieto, até o nada
As sombras se erguem sob a luz opaca
O hermetismo resiste à embriaguez
A excitação enrubesce ao odor do fogo
A sandice aquece do frio a nudez
Vozes ecoam estridentes, ao largo
Os ventos misturam sabores aos sons
A alma arrepia-se aos dentes indefinidos
Os turbilhões confundem as sensações
Gélidos suspiros restam e evaporam-se
A impassividade sonsa se mantém de pé
O orvalho se une, de manhã, às lágrimas
O dia desponta negando a noite que se perdeu
Elói Alves
do livro:
Leia o primeiro capítulo de As pílulas do Santo Cristo romance de minha autoria cujo lançamento será dia 27/11 em São Paulo no link abaixo:http://realcomarte.blogspot.com.br/2012/10/as-pilulas-do-santo-cristo-1-capitulo.html
Eloi
ResponderExcluirLindo.
Amei tus noite na cidade, este brincar de sentimentos contraditórios e este fazer crer que nada acontece que o amanhecer insiste em colocar sobre os fatos...
Verdade, Beth, perfeita sua análise, bjos gratos
ResponderExcluir