segunda-feira, 30 de julho de 2012

ESTRANHAMENTO CITADINO

Vejo a cidade e observo os homens
Um estranhamento os recobre, levemente
As paredes expõem seu acanhamento
O mesmo vazio impregnando-se na faces

Noto os prédios rotos que vivem apáticos
As torres que se alteiam como Babel
Inúteis fugas aéreas que emergem da confusão
Imobilismo gigante com seus traços esquálidos

A mesma pressa vagarosa estende-se, maciça
Os passos desacertados e revoltos resvalam-se
O tempo, impassível e rígido, fixa-os, indiferente
E nada deixa incólume ao vagar

E ainda a suspeição nos ares citadinos, irrequieta
Dispersando-se como pó sobre cada um
E mistura-se ao ar, aos corpos e às mentes
Ora pára e move-se e agita-se e não sossega

Elói Alves 
do livro:



Leia o primeiro capítulo de As pílulas do Santo Cristo romance de minha autoria, cujo lançamento será dia 27/11, no Restaurante, Rose Velt, na Pça Roosevelt, 124: http://realcomarte.blogspot.com.br/2012/10/as-pilulas-do-santo-cristo-1-capitulo.html

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