quarta-feira, 7 de setembro de 2011
NÃO HOUVE MUDANÇA (change) E OBAMA ESTÁ CAINDO
Por Elói Alves do Nascimento
A difícil situação econônica dos Estados Unidos tem levado a uma desaprovação de Obama pelos americanos, que o consideram responsável pelo fracasso da economia do país. Nesta semana, o jornal americano The Washington Post publicou uma pesquisa que indica uma desaprovação de 60% dos eleitores no modo como o presidente americano vem conduzindo o processo econômico do país. Como tem sido demonstrado reiteradas vezes, a questão econômica tem sido decisiva para os projetos eleitorais em diversos países. Aqui mesmo, a chegada de Lula se deveu à crise econômica no segundo mandato de FHC e o crescimento da economia no segundo mandato de Lula levou Dilma a sucedê-lo. Deste modo, a disputa pela presidência nos Estados Unidos não será algo fácil para Obama, na tentaiva de um segundo mandato, devido exatamente à crise econômica.
Na verdade, o que se esperava de Obaba era a mudança (change) tão propagada em sua capanha. E não só na economia a mudança não veio, como também não ocorreu na condução da política externa americana, onde o presidente anterior, W. Bush, cometeu tantos erros. Um erro que se mostrou depois absurdo foi a crença de que seria fácil instituir no Iraque uma democracia de modelo ocidental, como se espera agora para Líbia.
A política externa americana de Obama mostrou muita semelhança com seu antecessor. Em 2009 houve em Honduras um golpe de Estado apoiado pelos Estados Unidos, já na era do atual presidente americano. A própria ONU (Organização das Nações Unidas) considerou, na Resolução da Assembleia Geral, o ato como Golpe Militar, uma vez que o exercito de Honduras se prestou ao serviço de expulsar do país o presidente Zelaia, ainda de pijamas. Além do que a constituição hondurenha proibe a entrega de qualquer cidadão do país a autoridades do exterior.
Na questão dos bombardeios da Líbia pela OTAN também houve um descumprimento da resolução do Conselho de Segurança da ONU, que não permitia ataques a alvos na Líbia, exatamente como Bush, com sua doutrina de “ataques preventivos” a potenciais inimigos. Bush também havia patrocinado um golpe militar na Venezuela, que chegou a tirar Chaves do poder por dois dias em abril de 2002.
Com a situação complicada, principalmente no setor econômico, Obama terá uma tarefa muito dura na tentativa de se reeleger, seja qual for o republicano que vier a disputar a presidência com ele. O certo é que terá que trabalhar muito antes para interomper seu declínio na aprovação dos eleitores.
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