Lima Barreto será homenageado na Flip 2017; posto em segundo plano por
muitos a sua época, considero-o uma das raras inteligências do país e um
dos autores cuja obra é inesquecível, seja na ficção narrativa de um
Policarpo Quaresma, seja nas maravilhosas crônicas publicadas nos
jornais cariocas no início dos anos 20, reunidas em livro pela Folha de S. Paulo; sua obra apresenta um fino humor e acutíssima
compreensão crítica da realidade social e política do país no início do
período republicano; uma prosa centenária que o tempo reafirma.
sexta-feira, 11 de novembro de 2016
quinta-feira, 10 de novembro de 2016
DE BUSH A TRUMP - DERROCADA AMERICANA? - Perguntero
Os EUA e sua avançadíssima sociedade têm essa bela capacidade de si dar,
e dar de certo modo ao mundo, esses maravilhosos presentes como Bush e
Trump; o próprio Trump diz que os EUA não são mais os mesmos, o Império
estaria em decadência. Seria ele mesmo, Trump, uma prova viva dessa
derrocada, dessa incapacidade americana de se dar um líder menos destrutivo?
quarta-feira, 9 de novembro de 2016
PREFÁCIO PARA O LIVRO "SACRE COEUR", DE MÁRCIA VILLAÇA
Apresento aqui o prefácio para o livro Sacre Coeur, da escritora Márcia Villaça, que escrevi a convite da Editora Essencial, na pessoa do Editor e jornalista Carlos Torres, a quem agradeço a honra de me permitir riscar algumas palavras sobre uma autora cuja arte e saber admiro.
No
presente livro, Sacre Coeur, a
escritora Márcia Villaça presenteia o público com uma arte poética que
transcende, em muito, um simples versejar.
Cidadã
e artista cosmopolita, que trouxe para sua obra sua vivência rica de
experiências culturais e humanas experienciadas pelos países e continentes por
que passou, no contato com culturas centenárias, de história milenar, cuja
maturidade se alcançou com a diversidade dos avanços do conhecimento
científico, com o amplo desenvolvimento da arte, da literatura e da filosofia,
mas também no contato com a dor, com o colapso da civilização na experiência
trágica das grandes guerras.
Tudo
isso se pode entrever na presente obra de Márcia, como em um “altar sem o
batismo concebido” ou na “purificação da ira” e no “beijo como prenúncio da
morte”. Entretanto, a autora projeta sua arte como uma arquiteta da poesia.
Nela se juntam uma sugestiva mescla sensorial, a sucessão de imagens, antíteses,
a beleza e suavidade dos versos enxutos, feitos sob uma métrica mágica.
Para a
artista, há “matemática demais na vida”, em prejuízo da “metafisica dos
números”. Assim, Márcia associa sua poesia à filosofia do equilíbrio, entre,
verseja ela, “o ruído e o silêncio”. Aproxima-se, pois, sua arte ao pensamento de
Aristóteles, para cuja filosofia a virtude estava no meio, e não nos extremos, onde
se encontraria o vício, o defeito.
Sacre Coeur é o sagrado coração da humanidade, que
pulsa entre a comédia e a tragédia, mas o faz, aqui, com outra
arte, que é a poesia, sensível e tocante de Márcia, que leva o leitor à
“imensidão do infinito”, que “leva-nos além” e esconde as estrelas no
manto azul anil celestial”.
Capa de Sacre Coeur, de Márcia Villaça
livro de poesias ISBN: 978-85-68672-23-5, 20 reais Editora ESsencial. O livro está disponível online www.editoraessencial.com.br
Márcia Villaça em evento literário em SP
sábado, 15 de outubro de 2016
FELICIDADE NO DIA DOS PROFESSORES - Perguntero
Grande felicidade pelas Comemorações deste dia atribuído aos
professores, sobretudo pelas condições do país, da sociedade, dos
homens; ainda mais pela vontade geral dos governantes, dos que têm poder
de influir, pelo valor que dão ao ensino, pelas medalhas, homenagens,
troféus, aplausos, comoção, hinos - não estão realmente comovidos?- pelo
esforço incansável com a causa da educação e da melhoria dos homens -
não são realmente grandes progressistas? - não somos uma sociedade
política que melhora a todo momento?
Muito bom bom ver toda a confiança
dos governos e dos cidadãos no amanhã e no meio inconfundível de se
alcançá-lo de um modo bom, que não pode ser sem uma BOA EDUCAÇÃO; será
que realmente estão festejando este dia? Ou esse barulho que ouço nas
ruas festeja outra coisa?
sábado, 8 de outubro de 2016
PRÊMIO LITERÁRIO DA CIDADE DE SP, RECEBIDO PELO AUTOR, FAZ CINCO ANOS
Neste mês de outubro completam-se cinco anos do Prêmio Literário da Prefeitura da cidade de SP, recebido pelo escritor Elói Alves do então Secretário de Estado da Educação Alexandre Alves Schneider (centro da foto abaixo), que, coincidência a parte, não são parentes.
A Prefeitura também lançou, com a Editora Moderna, o livro Sob o céu da Cidade, que inclui textos de escritores ganhadores do Prêmio, como o reconhecido autor Marciano Vasques, autor de dezenas de obras literárias, cujo passamento, infelizmente, ocorreu neste ano.
terça-feira, 4 de outubro de 2016
ANÁLISE DE "O OLHAR DE LANCETA", pela escritora HIlda Milk
(Texto da escritora Hilda Milk)
Hoje quero falar-vos de Elói Alves... Conheci esse jovem autor na Bienal internacional do livro em São Paulo em 2014, na época ele lançava seu livro “Sob um Céu Cinzento” pela LP Books.
Gostei de imediato da maneira franca com que o autor retrata a cidade e suas mazelas sociais. A poesia dentro do quotidiano caótico de São Paulo.
A seguir li também seus livros anteriores, o romance “As Pílulas do Santo Cristo” e “Contos Humanos”.
E em 2015 o Elói lançou ensaios críticos sobre literatura e sociedade “O Olhar de Lanceta”. Uma expressão Machadiana que diz muito. Eu pensei logo, o que será que o Elói vai dizer?
Num apanhado da história, o autor partiu do “descobrimento” ao comportamento do homem frente à vida moderna com suas misérias e avarezas, egocentrismo, cultos pseudorreligiosos, e a tentativa incessante de conquistar seu império pela força escravista.
Como explicar tanta atrocidade histórica quando ela é perfeitamente encaixada e aceita na sociedade vigente? A exploração do homem pelo homem chega a raias da loucura, isso num tempo sem tempo para sentir remorsos, pois a dor do outro, jamais será sentida por quem nasceu branco, rico e senhor.
E o olhar “dele” é objetivo, sagaz e pontual, e o mais importante, uma analogia embasada em grandes referências intelectuais literárias e filosóficas.
E para quem não leu, vale ler.
O que eu penso? Que Elói Alves traz agora um novo gênero para enriquecer a sua carreira. E fico a espera do próximo, porque de onde veio esse, com certeza virá mais.
Hoje quero falar-vos de Elói Alves... Conheci esse jovem autor na Bienal internacional do livro em São Paulo em 2014, na época ele lançava seu livro “Sob um Céu Cinzento” pela LP Books.
Gostei de imediato da maneira franca com que o autor retrata a cidade e suas mazelas sociais. A poesia dentro do quotidiano caótico de São Paulo.
A seguir li também seus livros anteriores, o romance “As Pílulas do Santo Cristo” e “Contos Humanos”.
E em 2015 o Elói lançou ensaios críticos sobre literatura e sociedade “O Olhar de Lanceta”. Uma expressão Machadiana que diz muito. Eu pensei logo, o que será que o Elói vai dizer?
Num apanhado da história, o autor partiu do “descobrimento” ao comportamento do homem frente à vida moderna com suas misérias e avarezas, egocentrismo, cultos pseudorreligiosos, e a tentativa incessante de conquistar seu império pela força escravista.
Como explicar tanta atrocidade histórica quando ela é perfeitamente encaixada e aceita na sociedade vigente? A exploração do homem pelo homem chega a raias da loucura, isso num tempo sem tempo para sentir remorsos, pois a dor do outro, jamais será sentida por quem nasceu branco, rico e senhor.
E o olhar “dele” é objetivo, sagaz e pontual, e o mais importante, uma analogia embasada em grandes referências intelectuais literárias e filosóficas.
E para quem não leu, vale ler.
O que eu penso? Que Elói Alves traz agora um novo gênero para enriquecer a sua carreira. E fico a espera do próximo, porque de onde veio esse, com certeza virá mais.
Hilda Milk é autora do livro O ogro e a tecelã, livro publicado pela LP Books, entre outras obras
sexta-feira, 30 de setembro de 2016
SOBRE A CONFIANÇA NOS CANDIDATOS - Perguntero
Alguns indivíduos pedem-me a confiança neles para governarem a terra
onde vivo, onde risco e arisco todos os dias essa minha efêmera
existência. Mas como posso dar algo de mim tão caro a alguém que se me
mostra confuso, chamando mentira de verdade, doença de saúde, bandidagem
de honestidade, sujeira de limpidez, miséria de prosperidade? Se seus
inimigos, que lhes eram o diabo ontem à noite, almoçam em suas casas mal
rompe a manhã e riem-se com eles ao dividirem o que ajuntam sem
o suor de Adão?
Como posso dar algo que implica a própria história de
minha vida se os senhores não têm uma história que me cheire a coisa
razoável? Se para conquistar o poder detratam, maldizem, amaldiçoam,
perseguem todos que não lhe beijam suas mãos e não se curvam às suas
vontades? Como posso confiar assim? Será que entendemos a mesma coisa
por 'CONFIANÇA'? Será que vocês têm um tempo para sentarmos e estudar o
que realmente significa esse substantivo? Ou será que a confiança que me
pedem está na muito pouca gordura que me resta na parte de trás?
domingo, 11 de setembro de 2016
O ESCRITOR ELÓI ALVES NO ENCERRAMENTO DA 24ª BIENAL DO LIVRO
Depois de participar da abertura da Bienal 2016, o escritor Elói Alves esteve no encerramento da tradicional feira literária brasileira, no domingo, 4, conversando sobre literatura e autografando suas obras. Abaixo, as imagens do último dia do evento.
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