Os políticos
e seus governos passam, o problema é que eles todos são, em geral, maus, em
capacidade e caráter; a exceção, quanto esporadicamente surge, é pontual;
quando há um agente que fuja à regra da maleficência, de ser ruim, e a exceção é
tão pontual que nem chega a ser necessariamente o chefe do governo, é alguém sem capacidade de
influir sobre a opinião e ação dos demais, medíocres e maléficos,
O bom é que passam, mas ainda assim ficam as consequências,
mais ou menos graves, de maior ou menor duração no tempo e de maior ou menor prejuízo
nos bolsos dos contribuintes.
O
ideal seria que todos os cidadãos fossem apartidários e até anarquistas, no
sentido de ser altamente críticos aos governos, a todos eles, a todo o poder
estatal, assim, vigiando-os, cobrando e policiando-lhes até os pensamentos,
uma vez que ao político, no exercício do poder, tudo deve ser público, tudo
dever ser tratado republicanamente.
Mas
infelizmente ainda falta muito em nossa deficiente e deficitária cidadania; não
somos ainda uma cidadania em sentido pleno, somos ilhas de racionalidade, ilhas
de criticidade pública, de consciência cívica, consciência de que todo agente público deve ser escravo da lei, e teremos por isso, devido a nossa fragilidade cívica, que aguentar os políticos enquanto não
passam; e olha que muitos deles persistem em não querer passar nunca, como se fossem Matusalém, e ainda
deixam a descendência.
Elói Alves
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