domingo, 5 de outubro de 2014

OUTROS MARES

Quando me sinto muito sufocado
Navego escapando em outros mares
Que é duro conviver com a vida morta

Nada é bom em acostumar-se insensível
Mas o sentir também esconde-se no seu medo
Esconderijo construído contra os seres

É preciso liberar-se, mas deixarei isso a meu tempo
Por enquanto me calarei entre os meus mortos
Elói Alves

3 comentários:

  1. Elói, adoro sua poesia tão delicada. Há muitas possibilidades em Outros Mares, adoro essa metáfora. E identifico-me com essa liberdade contida no vocabulário que nada têm de morto; o desejo se esconde por trás das letras e já é um sinal de vida na sua poesia. Paula.

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  2. Muitíssimo grato, querida Paula por sua preciosa leitura e por dedica sua reflexão, sempre numa análise que vai fundo; bjos gratos!

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  3. melhor buscar novos mares que acomodar-se insensivel!

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