sexta-feira, 22 de julho de 2011

TIO GERBÚLIO E O ROUBO DO ERUDITO

Padre Gelfrido ia dar palestra na Universidade Católica e levou tio Gerbúlio como motorista. Chegando lá, nosso tio se convenceu de que já bastava ter ouvido o padre na viagem e preferiu o passeio dos corredores. Depois de meia hora por ali, já estava íntimo dos funcionários. Conversava com a bibliotecária, que fumava no jardim, quando surgiu um senhor de repente. Era um professor, erudito, gramático e filólogo das antigas. Parou no corredor principal da faculdade e escorou-se numa pilastra de feitio barroco, da época colonial. Vinha esbaforido, com a língua de fora. Enxugava o suor no lenço quando uma funcionária do departamento de letras modernas lhe interrompeu.
-Tudo bem, professor, posso ajudá-lo de algum modo?
-Agora não, minha filha. Mas um pouco mais cedo seria preciso. Acreditas que dois ladrões , com tamanha agressão, roubaram-me a pouco, no portão da universidade?
-Nossa, professor! Mas ninguém viu, o senhor não pediu ajuda?
-Gritei, gritei muito: “Meliantes! Larápios! Ratoneiros! Gatunos! Prendam-nos! Peguem-nos!” Mas ninguém me ajudou.
Jão Gerbulius Sobrinho

3 comentários:

  1. Engraçado!!! coitado do professor, também com essas palavras seria difícil alguém ajudar kkkk.
    Bom meu amigo você já sabe a minha opinião sobre tudo que vc posta né,serei sua eterna admiradora.

    Obs: Eu dei + 1 ok kkkkk,o pôr do sol tá lá !!!!

    ResponderExcluir
  2. Se ele gritar assim em Brasília... esvazia o congresso! kkkkkkkkkk Parabéns! achei interessante e engraçado!

    ResponderExcluir
  3. Será Ira que esvazia o Congresso?
    Ultimamente a qualidade cultural de nossos representantes está deixando muito a desejar!

    ResponderExcluir

Postagens populares (letrófilo 2 anos 22/6)