sábado, 8 de fevereiro de 2014

AS PROSTITUTAS E OS BÊBADOS CUBANOS NO BRASIL

     Nesta semana, após a médica cubana Ramona Rodriguez deixar o programa “Mais médicos” do governo federal, dizendo-se descontente por receber apenas 800 dólares dos dez mil reais que recebem médicos de outras nacionalidades pelos mesmos serviços, o PT tratou de minimizar o caso, iniciando por dizer que era um caso isolado e depois, com o revelar das falhas contratuais e demais questionamentos ao programa, inclusive pelo Ministério Público Federal Trabalhista, membros do partido do governo passaram a questionar a honra, a capacidade técnica e o comportamento social da médica desertora.
      O fato é que o velho PT que outrora atacava Maluf, Sarney, Quércia, Michel Temer, chamando-os dos nomes mais “bonitinhos” possíveis e os processando sempre que podia e queria e dos quais se tornou amigo depois que chegou ao poder central, não esqueceu as velhas táticas mesmo adotando a teoria de Duda Mendonça do “lulinha paz e amor” que os levou ao Planalto. Assim foi que a campanha de Marta Suplicy, às vésperas de perder a eleição em São Paulo para o agora aliado Kassab, questionou-o no programa eleitoral de então: “É CASADO, TEM FILHOS?”. Na ocasião, até mesmo os movimentos LGBT ligados ao partido ficaram contrariados com a discriminação escancarada.
       Agora, com o caso de Ramona, a velha e asquerosa prática veio à tona direto da tribuna do congresso, de onde um deputado do partido a acusou de procurar homens, de estar “totalmente embriagada” e de outras devassidões e comportamento anti-social ao ponto de- diz o deputado- “nem os outros cubanos a quererem por lá”.
      Na verdade, com essa postura será que governo do PT não está acusando seus amigos ditadores em Cuba de vender médicos profissionais ao Brasil e, no lugar deles, entregar bêbados, devassos e prostitutas? Será por isso que o governo petista lhes paga aos médicos da Ilha apenas cerca de novecentos reais, ao contrário dos dez mil pagos a profissionais de outros países? Será também por isso que o governo brasileiro ocultou os contratos até mesmo do Ministério Público Federal do Trabalho, alegando questões sigilosas? Será que, depois disso, terei coragem de ser tratado por um médico cubano? Será que são médicos mesmos ou monstros que o governo do PT importou?
Zé Nefasto Perguntero
 
Contos humanos

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

O METRÔ DE SP E OS TRENS DO NAZISMO

        Os problemas ocorridos ontem no metrô de SP não são coisas novas, todos nós paulistanos e circunvizinhos, que, mesmo eventualmente, usamos o metrô, já passamos por algum tipo de sufoco que nos rouba a respiração no interior das composições; não é de hoje que os passageiros entram por uma porta, na Sé ou no Brás, e são jogados para fora pela outra porta, por, obviamente, não caberem três pessoas no lugar de apenas uma. Depois, além da superlotação, os problemas de falhas técnicas têm sido recorrentes, não é esta a primeira vez que passageiros são obrigados a andar pelas linhas devido à paralisação de trens. Ontem foi apenas mais um dia em que os problemas se repetiram.
        Interessante foi a declaração do governador à imprensa hoje, onde diz: “Aumentar policiamento, segurança, câmera de vídeo e como a tecnologia evitar esse tipo de questão”(tumultos). Além desse enfoque na segurança, policiamento, isto é, tratar um problema de deficiência em serviço “público”, mas pelo qual os usuários pagam, como questão de polícia e bandido, passivo de repressão, o governador também argumentou que “dez pessoas acionaram o botão de emergência” ao mesmo tempo e que se trata “de grupos organizados”. Ontem, repórteres que estavam nas estações entrevistaram, ao vivo, passageiros que tinham passado mal em composição parada em túnel, alguns sendo socorridos desmaiados pelos próprios usuários. Evidente ponta de iceberg no despreparo do Estado para lidar com problemas que envolvam grande número de vítimas.
       O governador, ao invés de admitir os problemas crônicos do metrô de São Paulo, por cuja empresa é o maior responsável, prefere procurar “inimigos sigilosos”, máfias organizadas etc. Mesmo raciocínio sua excelência apresentou quando as manifestações populares de junho explodiram em 2013. Vindo de Paris, onde estava com o prefeito da capital paulista, ele atribuiu as manifestações a grupos organizados, porque, com idêntico raciocínio, havia ocorrido “simultaneamente em várias capitais do país”. Por aí, parece que sua argumentação é circulante, como de alguém que não aprende com os fatos, mesmo depois de uma histórica manifestação popular diante da qual todos os políticos brasileiros saíram diminuídos, inclusive ele, e que destruiu em poucos dias o mito, até então inabalável, de que o primeiro governo do PT tinha mudado o país. A insistente  falácia tinha virado pó aos pés do povo, ou de uma corajosa parte dele.
       O que torna a questão mais perturbadora na fala do governador é a sua solução pela via da força policial para o problema tão delicado de transporte de massa, onde a multidão já está comprimida, o que não pode causar qualquer ameaça de repressão policial entre uma massa humana encaixotada numa estação? Tomara que a lembrança não valha, mas a história repele com veemência a loucura dos trens lotados na Alemanha conduzidos à repressão militar até não deixar mais nada senão a história da barbárie e da insanidade.
Elói Alves
 
Contos humanos

domingo, 2 de fevereiro de 2014

A CEGUEIRA E OS RATOS NO TOPO DA POLÍTICA- Perguntero

       

          Que diabo há no topo da política que, ao contrário do alto das montanhas e dos grandes prédios de onde o olhar alcança o mundo, nela nada se vê? Pior, não se vê justamente nada imediatamente abaixo, aos pés, de quem deveria, por lei, enxergar amplamente, por ser quem manda e nomeia?
      Em São Paulo o subsecretário de finanças acaba de ser exonerado por ser denunciado por fiscais presos por corrupção. O secretário de governo de Haddad, Antonio Donato, já havia caído por ser citado no mesmo embrulho, mas tudo segue, trocando-se, apenas, algumas peças.
      No caso do metrô paulista, o Ministério Público Federal denunciou agora doze pessoas por pagamento de propina de empresas privadas a estatal EPTE, empresa paulista de energia, no período dos governos de Covas a Alckimin; mas não se citou um só político na denúncia, porque, em todos esses anos, provavelmente, foram atingidos por algum tipo especial de miopia para cuja solução óculos nem justiça, nem medo de punição têm servido de remédio - e, em eventualíssima condenação, os amigos contribuem para lhes aliviar o peso da justiça, pagando-lhes as multas numa caixinha. Aliás essa doença não é nada nova, parece até ter seu fluxo origem em um plan-o- (mais) alto essa chaga ocular de nunca se saber de nada, para conveniência e em detrimento de toda visibilidade pública para a qual também há tantos cegos.
      No entanto, será que, como os ratos, no topo da política, o dinheiro desviado é vislumbrado no escuro? Será que há algum odor nas notas como nos queijos o há para os pequenos e imundos roedores?
Zé Nefasto Perguntero

O Assalto ao deputado

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