quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

O RÍDICULO DA DEMOCRACIA BRASILEIRA

       Os escandalosos tumultos que estão marcando a passagem da blogueira cubana,Yoani Sánchez, pelo Brasil é típico de nossa estrutura política desorganizada e pueril e de nossa formação cultural e educacional tão problemática, mas não é só isso, infelizmente.
      No Brasil ainda se confunde liberdade de expressão com a intolerância ao direto de pensar diferente, de caminhar por caminho alternativo. A tentativa de impedir a cubana, que se opõe ao regime que vigora em Cuba a cerca de meio século, de visitar este país mostra exatamente as tendências totalitárias que ainda permanecem em nossa sociedade e no comportamento político de suas organizações partidárias e do sectarismo político cego, aderente somente a interesses de grupos.
       Agitações dessa estirpe mostram ainda a incapacidade de se conviver com ideias diferentes e a face ditatorial de quem se fecha à crítica, como na frase histórica do "ame-o ou deixe-o" que se pode traduzir em cale-se ou mude-se de país. Este comportamento insensato apenas dá à blogueira um espaço na mídia que sem alarde ela não conseguiria e sua visita seria bem mais discreta.
       Quanto ao regime dos irmãos Castro, não se trata de negar suas grandes conquistas, em relação aos desmandos de Fulgêncio Batista, quando a Ilha era apenas "um parque de diversão para os turistas e para os interesses norte-americano. A questão primordial é - e isto diminui seus acertos - que o regime de Fidel e Raul tornou-se cruel para todo cidadão cubano que pretenda pensar diferente, a quem, se o fizer, terá certamente como inimigo todo o aparato daquele Estado.
Elói Alves
 


 
 

domingo, 17 de fevereiro de 2013

O POLÍTICO E SEUS FÃS NA INTERNET

       Um amigo de facebook, que não conheço pessoalmente, mas que parce-me inteligente e de ideias sensatas, enviou-me um convite naquela rede social para adicionar um perfil de um político que está hoje em princípio de carreira, vindo a público pela mão de um velho combatente das lidas discursivas.
       Na página do político apadrinhado registra-se uma observação de que aquela é apenas para seus fãs e destina-se aos admiradores de seus trabalhos.
       Fico na dúvida! Apesar de não me sentir bem com a amizade de políticos, porque na Roma Antiga eles mesmos se apunhalavam pelas costas, devo ser um amigo-fã deste noviciado político? Se sim, de que ato seu devo me admirar? Da independência apadrinhada ou de trabalhos ocultos anteriores a seu afilhamento político?
       Devo dar a mão a outros para subir as escadinhas? Como já caí muitas vezes por esta minha pobre vida, sempre levantando rápido para não ser atropelado pelas multidões de passantes que correm atrás do pão nosso de todo dia, já estou com as pernas um pouco resitentes e também com as mãos um pouco àsperas e até calejadas para ir dando-as assim aos outros para subir as rampinhas. Desta forma, fico agradecido a esse companheiro facebookiano; e que passe bem e deixe-me ir ali correndo fazer umas coisinhas que não posso delegar a outrem.
Zé Nesfato Perguntero
Leia o primeiro capítulo de As pílulas do Santo Cristo romance de Eloi Alves:

Postagens populares (letrófilo 2 anos 22/6)