quinta-feira, 25 de outubro de 2012

OS FILHOS DA POLÍTICA (Perguntero desvairado)

      
      Entre os conhecidos protestos que os espanhois vêm fazendo nos últimos tempos contra a crise político-econômica, achei diferente e interessante o que ia na camisa de algumas manifestantes: " las putas insistimos que los políticos no son nuestros hijos".
       Votei muito justo que essas moças repilam com veemência a suposta maternidade, negando com toda ênfase que esses seres sejam fruto de seu ventre.
        Porém, veio-me logo a pergunta: será que não seria o contrário, sendo muitas delas filhas dos políticos e da política?
Na verdade, estou com dúvidas entranháveis: a paternidade será de quem gera ou de quem assume?
        Ora, a bíblia reza que o “diabo é o pai da mentira” (ainda que Lúcifer negue), mas são os políticos quem mais a nutrem e não largam dela, confessando o que convêm ou não sabendo de nada conforme a ocasião, negando, muitas vezes, que eles são eles próprios.
        É corrente também se auto-denominarem “o pai do povo”, "a mãe dos pobres". Nesse caso, quem é que gera a pobreza? E quando um determinado político enriquece sem trabalho que o justifique, quem será o pai de sua riqueza?
        Se são pai dos pobres, não são também mantenedores e perpetuadores da pobreza? Ou são pai dos pobres, mas o pobre que se vire pelas ruas e pelas esquinas e em outros lugares inumanos?
A última dúvida (prometo! Não, não prometo!): os políticos gostam de dar o leite e outros mantimentos em porções diárias, que é para o amamentado ter força para vo(l)tar sempre no próximo dia, para próxima dosagem, racionada perpetuamente. Porém, no caso de quem “mama nas tetas do governo”, será que a dose é apenas em pequeninas porções diárias? Basta por hoje!
Zé Nefasto Perguntero
       Leiam, no link abaixo, o primeiro capítulo de "As pílulas do Santo Cristo", romance de Elói Alves:
http://realcomarte.blogspot.com.br/2012/10/as-pilulas-do-santo-cristo-1-capitulo.html

 POESIA CINZA - Análise do livro Sob um céu cinzento
 http://realcomarte.blogspot.com.br/2014/09/poesia-cinza-analise-de-sob-um-ceu.html

7 comentários:

  1. Bom pra mim pai é o que assume e não o que gera,nesse caso os politicos gera várias mentiras e corrupções e não assumem nada !!!então é irônico eles dizerem que são o pai do povo.Bom essa foi a minha visão,Ótimo texto,Beijooss !!

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    1. Grato, Rosi, pela leitura, amiga, e pelo comentário; bjos, querida!

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  2. Excelentes observações caro Eloi!
    Não fosse o cenário de tantas fartas tetas...Fosse o trabalho e o interesse pelo coletivo o mote daqueles que se resolve representar o povo e tudo seria muito diferente. Abraçando a causa apenas os competentes e interessados no bem comum em busca de soluções reais e de interesse público. Em nosso país a única competência exigida em currículo dos políticos é a especialização na Lei de Gerson! parece-me que esta prevalece!

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    1. Grato, Ira, pelas palavras e pela leitura; vejo que o assunto lhe levou a uma seriedade, deixando um pouco de lado sua arte e humor; bjos amiga!

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  3. Lamento decepcioná-lo meu querido, mas por vezes o humor nos foge, dando guarida ao azedume que nossa política às avessas nos provoca! rs

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  4. Corrigindo a digitação retirada: não há decepção que venha de suas ações, nem da pessoa, amiga

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