Dalai Lama e os monges tibetanos - O Líder espiritual do budismo tibetano estará no Brasil no próximo mês - realcomarte
Dalai Lama, líder espiritual do budismo tibetano, setenta e cinco anos, vencedor do Prêmio Nobel da Paz em 1989, visitará o Brasil pela quarta vez em setembro. Recentemente, em uma entrevista a Euronews, na França, o lider tibetano, 14ª de sua tradição, deu, em inglês muito claro e fluente, algumas declarações que resumem bem seu pensamento religioso e suas ideias políticas. Em sua fala aparecem fluidez e perspicácia discursivas, inteligência clara, absoluta consciência da política mundial, no diversos setores de sua geografia.“Toda pessoa tem direito a uma vida feliz, a uma família feliz”, prega Lama. Sobre a dominação chinesa, diz ele: “Nos interessa seguir fazendo parte de China, porque Tibet é subdesenvolvido, mas com nossa bandeira, nosso hino, com nosso próprio idioma, com nossa tradição budista, que é muito rica. Tibet não tem saída para o mar, tem suas dificuldades.” Sua pregação humanista vai ao encontro dos valores democráticos e universais, com os quais diz que todos os países, mesmo China, devem se comprometer. Defensor do princípio da não-violência e da compaixão para com extremistas, como os terroristas, declara: “deve haver compaixão pela pessoa, não pela ação”. Sobre a União Europeia, Dalai Lama disse a Euro News que a Rússia deveria integrar-se plenamente ao bloco e Moscou formar sua sede política, em substituição a Bruxelas. Sobre sua influência política, como Líder do governo tibetano no exílio, reconhece que é uma função hoje menos importante, que deve ser renegada, e seu trabalho está voltado mais à área religiosa. A entrevista referida acima pode ser conferida, em inglês com tradução para o espanhol, no canal da emissora no www.youtube.com e pode-se conferir a página oficial do monge tibetano, em inglês: www.dalailama.com .
Elói Alves do Nascimento
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