domingo, 31 de julho de 2011
TIO GERBÚLIO, O POLICIAL E A BRIGA NA ESCOLA
real com arte blogspot.com - o letrófilo
Tio Gerbúlio e padre Gellfrido voltavam da palestra na Universidade Católica. O carro havia empacado no trânsito e havia tumulto na rua. Estavam em frente a uma escola, onde dois meninos, altos e magros trocavam murros; enquanto outros gritavam.
Justamente na hora, o carro da ronda escolar passava por ali, e o policial veio por fim à briga. Com a chegada da polícia, no entanto, mais gente veio conferir a ocorrência e aumentar o tumulto. Tio Gerbúlio, por sua vez, saiu do carro e foi saciar a curiosidade.
__Parados, não se mexam, moleques; deu as ordens o militar, com veemência!
__Calma, tio, disse um dos moleques briguentos!
O policial levou a mão à cintura e apertou a arma. Virou-se para o briguento que lhe respondia e disse:
__Respeito com a autoridade, moleque, não sou seu tio! Encosta ali na parede!
O tumulto não parava de crescer devido à curiosidade das pessoas. A diretora da escola foi chamada para socorrer um aluno, que a polícia ia levando preso, segundo o que lhe disseram. No meio da confusão, falava-se de roubos e estupros na vizinhança. Com a situação dominada, o policial foi notando certa intimidade com o menino que lhe chamara de tio. Tinha mesmo as pernas arqueadas, muito peculiares de seu irmão mais velho. As orelhas, meio abertas, também o ligava de perto à família. Ele mesmo brigou muito no tempo de escola, por lhe alcunharem de orelhudo. ノ o que hoje chamam de bullying, pensou. A diretora conseguiu, por fim, se aproximar do policial e reconheceu seu aluno grudado à parede. Era preciso intervir antes que acontecesse algo pior:
___Devagar com meu aluno, seu policial, tenha prudência na escola, disse ela!
___Calma lá, diretora, respondeu, o policial. Aqui agora é um problema de família que tenho a resolver com este meu sobrinho.
Jão Gerbulius Sobrinho
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