domingo, 10 de abril de 2016

A ESSÊNCIA E A TEMPORALIDADE DOS GOVERNOS

Os políticos e seus governos passam, o problema é que eles todos são, em geral, maus, em capacidade e caráter; a exceção, quanto esporadicamente surge, é pontual; quando há um agente que fuja à regra da maleficência, de ser ruim, e a exceção é tão pontual que nem chega a ser necessariamente o chefe do governo, é alguém sem capacidade de influir sobre a opinião e ação dos demais, medíocres e maléficos,
            O bom é que passam, mas ainda assim ficam as consequências, mais ou menos graves, de maior ou menor duração no tempo e de maior ou menor prejuízo nos bolsos dos contribuintes.
O ideal seria que todos os cidadãos fossem apartidários e até anarquistas, no sentido de ser altamente críticos aos governos, a todos eles, a todo o poder estatal, assim, vigiando-os, cobrando e policiando-lhes até os pensamentos, uma vez que ao político, no exercício do poder, tudo deve ser público, tudo dever ser tratado republicanamente.
Mas infelizmente ainda falta muito em nossa deficiente e deficitária cidadania; não somos ainda uma cidadania em sentido pleno, somos ilhas de racionalidade, ilhas de criticidade pública, de consciência cívica, consciência de que todo agente público deve ser escravo da lei, e teremos por isso, devido a nossa fragilidade cívica, que aguentar os políticos enquanto não passam; e olha que muitos deles persistem em não querer passar nunca, como se fossem Matusalém, e ainda deixam a descendência.
Elói Alves

domingo, 3 de abril de 2016

HISTÓRIAS DO TIO GERBÚLIO, novo livro do escritor Elói Alves



         História do Tio Gerbúlio, 5º livro do escritor Elói Alves, será lançado no próximo sábado, dia 9, às 16h. no Centro Cultural da Juventude; além de histórias inéditas, o livro conta com várias ilustrações do genial artista plástico, ilustrador Carlos Eduardo Diniz; publicado pela Editora Essencial, Histórias do Tio Gerbúlio e os demais livros do autor estarão no stand da Essencial nos dias 8 e 9 próximos na IV Feira do Livro Centro Cultural da Juventude, das 10 às 18, na AV. Deputado Emílio Carlos, 3641, Vila Nova Cachoeirinha

sexta-feira, 25 de março de 2016

MIMESIS: A VIDA E ARTE NA LAVA JATO - Perguntero

       

      Para Aristóteles, poesia, e por extensão toda  a arte, era imitação, Mimesis; pensamento que aparece agora a propósito da Lava Jato e de House of Card. A série do Netflix é anterior, de 2013, e é agora lembrada em referência à Operação Lava Jato, por suas teias de corrupção desvendadas.
        Será, nesse caso, que a vida  anda imitando a arte, ao contrário do pensamento do filósofo grego? 

terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

O CAOS PLANEJADO DA MOBILIDADE URBANA - por Elói Alves


        A expressão “Mobilidade Urbana” eclodiu na mídia durante os protestos de 2013 contra o aumento no preço da tarifa do ônibus em São Paulo, que, nesta cidade, está atrelado ao valor cobrado nos trens do Metrô e da Fepasa, protesto que reapareceu no início deste ano. Sem entrar no mérito da “tarifa zero”, defendida pelo Movimento Passe Livre, a iniciativa do movimento teve o poder de realçar em toda a mídia a questão do caos no transporte público nas grandes cidades; o próprio Governo Federal, depois de um silêncio eloquente à época da explosão dos protestos, incorporou a expressão ao discurso oficial, prometendo “bilhões” pela causa, até que esta esfriasse. Mas o problema persistiu e se ampliou.
O motivo do caos na mobilidade urbana, evidente, é de natureza econômica e, mais ainda, de política econômica, pois passa por uma escolha do Governo de privilegiar um modelo de transporte dominado por gigantes do setor: o transporte por automóvel individual, em detrimento do coletivo. Essa escolha do Governo foi implementada pelo favorecimento de tal indústria por meio de subsídios, redução de impostos que vieram a prejudicar a economia do país e aumentar a dívida pública além de causar desempregos quando se chegou à desaceleração do setor devido ao fim dos privilégios do Governo, felizmente incapaz de sustentar por mais tempo seus graves erros na política administrativa e econômica.
Há nisso uma lógica perversa cujos caminhos não se percebem facilmente. Para que essa política dê “certo”, isto é, chegue a seu fim, é preciso que a produção se intensifique nas fábricas sem redução dos preços, por meio das descritas ajudas do Governo, e que uma boa parte das pessoas sem renda suficiente também possam adquirir um automóvel, que para isso também devem ter acesso a crédito fácil e, principalmente, que algo de força maior as impulsionem para à loucura das dívidas, que, ao cabo, é o transporte coletivo caro e de péssima qualidade.
O caos na mobilidade das pessoas nas grandes cidades passa por essa filosofia política que privilegia o transporte motorizado individual; é, pois, uma escolha, como é todo ato administrativo; uma escolha infeliz para a maioria, mas também para quem é beneficiado por ela, enlatado nos congestionamentos das cidades mal planejadas. Mas é também, além dos equívocos administrativos, uma questão criminal: o favorecimento a tal indústria passa pelo interesse no financiamento por ela dos partidos e enriquecimento pessoal dos políticos e mediadores; crime que envolve inclusive a venda de votos parlamentares no Congresso e de Medidas Provisórias do Governo Federal, como hoje se investiga.

Elói Alves é escritor, ensaísta e professor

domingo, 31 de janeiro de 2016

ROUBAR PELA CAUSA – Perguntero


         Genuíno repetia até em entrevistas, em seu tempo áureo, “que pela causa podia-se tudo”. Depois que chegaram ao poder e” se lambuzaram nele” – como definiu Jaques Wagner  ministro da Casa Civil em entrevista a Folha, 03/01/2016 – “companheiros” e correligionários se disseram indignados com José Dirceu, porque teria roubado para si e não para o partido.
Tenho algumas dúvidas que me perturbam: Qual seria mesmo aquela causa genuinística? Seria genuína? Além disso, será que foi apenas Dirceu que enriqueceu pessoalmente com a atuação no governo de seu partido, obtendo milhões que chamou de “pagamento por consultoria”?  Será que realmente estavam indignados com o “companheiro” ou faziam jogo para o eleitorado?
Pior: Será que é menos grave roubar ou matar por um partido, por uma ideologia?
Mais ainda:  qual será a razão de tanta gente, milhões de pessoas votantes, ter dado o poder a defensores de uma ideologia que, no fundo, sempre apregoaram a todos os ouvidos, com energia e veemência; como foi feito também em outros países, e não só com a esquerda de tantos impostores, mas com a própria Direita de Hitler?

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

POLÍTICOS TRATADOS COMO LADRÃO COMUM - Perguntero

        Depois da comparação da Justiça, Ministério Público e Polícia Federal à Ditadura Militar feita por um dos defensores de réus da Operação Lava Jato, junto com manisfesto coletivo de advogados contra a Justiça, vários políticos se manisfestaram  pedindo "mais respeito" a aliados investigados"; será que vão pedir também igualdade aos "ladrões comuns" e abrir mão da Imunidade Parlamentar que os protege?



domingo, 20 de dezembro de 2015

LANÇAMENTO DE LIVRO PARA ESTUDANTES E ESTUDIOSOS DO DIREITO

         Na quinta feira, 17, na VFK Educação, centro de São Paulo, foi lançado o livro 2243 Questões de Direito para Concursos Públicos, para estudantes e estudiosos de várias áreas do Direito, do qual o escritor Elói Alves foi revisor para língua portuguesa, e contou com participação de vários importantes juristas sob direção do jurista, promotor Thales Ferri Schoedl e prefácio de Arthur Del Guércio, Tabelião e professor de Direito Público.



domingo, 13 de dezembro de 2015

Tradução do livro Le péché

Recebi hoje o livro Le péché (El pecado, em espanhol). do escritor realista Seydou Koné, por cuja tradução estou responsável em português

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